Finanças
Homem recebe R$ 1 mil de indenização após devolver R$ 15 bi ao banco
Após ter R$ 15,5 bilhões por engano em sua conta, homem devolve dinheiro, tem seu cartão bloqueado e recebe apenas R$ 1 mil de indenização.
Já imaginou ter uma quantia bilionária depositada por engano na sua conta? Foi o que aconteceu com Jairo Xavier Evangelista em 2019.
O cobrador de ônibus de 51 anos acabou recebendo uma transferência de R$ 15,5 bilhões de um banco, e na época, tudo que fez foi avisar o mais rápido possível a empresa. Porém, como solução, o banco bloqueou sua conta, causando uma série de contratempos para Jairo.
Diante disso, o homem entrou na Justiça para pedir danos morais, devido a todo o trabalho que teve para desbloquear sua conta. A Justiça deu causa ganha para ele, mas o valor da indenização ficou muito abaixo do esperado: apenas R$ 1 mil.
“É até difícil de acreditar. Tive tanta dor de cabeça com esse problema. Fiquei sem trabalhar alguns dias, pois não consegui usar o cartão para sacar o dinheiro que tinha lá. Depois, precisei pegar dinheiro emprestado para ir até a agência e resolver tudo”, contou ele.
“Não consegui folga no emprego e tive que pagar a alguém para trabalhar para mim. Tudo isso porque não me avisaram que o cartão seria bloqueado. Acabei sendo prejudicado por um erro que não foi meu. Mas, para a Justiça, não foi nada de mais”, continuou.
Ele também conta que teve que se deslocar até uma agência que fica a cerca de 40 km de sua casa, e permaneceu por horas lá, até conseguir devolver o dinheiro e ter seu cartão desbloqueado. Além disso, ele relata o constrangimento ao tentar abastecer e não conseguir, pois ninguém lhe avisou que seu cartão seria bloqueado quando ligou relatando o valor bilionário na conta.
O cobrador conta que passou dois dias correndo atrás de resolver o problema, algo que ele não precisaria ter passado, já que a culpa pelo depósito errado foi do banco. Diante de todo o estresse, ele entrou na Justiça solicitando uma indenização de R$ 10 mil, em 2020, mas a decisão só saiu em agosto deste ano.
Quem analisou o processo foi o juiz Leonardo Tocchetto Pauperino, que decidiu não dar a indenização solicitada devido à falta de provas de Jairo sobre as dificuldades que passou. Ele comenta que o cobrador teve sim um dano moral, mas que foi mínimo.
O valor determinado então, para esse tipo de dano, foi de R$ 1 mil, que o o juiz considerou “justo, razoável e proporcional ao dano apurado nos autos”.
Jairo alega que sente como se fosse o culpado da história, pois tentou correr atrás de soluções por um erro que não cometeu, arcando com os prejuízos e ainda sendo impossibilitado de utilizar seu cartão.
Segundo ele, o valor da indenização é muito baixo pelo tanto que passou, e que esperava mais sensibilidade da Justiça, já que fez a coisa certa e ainda teve muita dor de cabeça para isso. Mas sente-se feliz de ter feito sua parte e manter sua honestidade.
“Se o banco colocasse de novo, eu ligaria lá de novo para avisar do erro e devolveria o dinheiro. Todos nós temos que ser honestos. Tenho meu salário e meu trabalho, e é isso que importa. Vida que segue”, disse.

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