Finanças
É mais barato comer fora ou em casa?
Com aumento da inflação, estudos indicam que comer em restaurantes pode ser mais barato que comer em casa. Confira!
Devido à inflação, o preço dos alimentos vem subindo muito nos mercados. Alguns dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos esclarecem que houve uma inversão no que diz respeito a comer em casa e comer fora.
Desde o início da pandemia da covid-19, o Brasil vem passando por uma crise econômica que está afetando e muito tanto a rotina quanto a qualidade de vida da população brasileira. Nesse sentido, com a inflação em 10,07%, muitos brasileiros estão optando por se alimentar em restaurantes.
Desde 2020, a inflação acumulada para a alimentação em casa atinge cerca de 43%, já os percentuais para comer fora, em restaurantes e lanchonetes, estão na faixa de 17,4%.
Em vista disso, o presidente executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, afirmou que essa diferença de preços está atrelada ao fato de que os estabelecimentos voltados para alimentação não estão conseguindo repassar os aumentos nos custos.
Nesse sentido, o presidente executivo explica que “com a renda contraída, fica difícil repassar preços. As pessoas estão com o bolso apertado. A gente vem subindo menos do que a metade da inflação no domicílio”.
Nessa perspectiva, a pesquisa indica que 46% dos estabelecimentos subiram os preços das refeições abaixo dos índices da inflação de julho. Entretanto, outros 25% não conseguiram reajustar. Já os demais 27% conseguiram acompanhar a inflação, enquanto 3% subiram os preços para além do índice.
Dessa maneira, esse aumento e oscilação nos preços dos alimentos vem afetando e muito a vida financeira dos donos de restaurantes. No caso do restaurante Colher de Pau, localizado na zona norte de São Paulo, antes do período pandêmico, o preço da comida a quilo era R$ 59,90. Atualmente, o preço está em R$ 62,90.
Mesmo assim, o aumento de 5% foi baixo em relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que está em 17,4% no mesmo período. Entretanto, o gerente desse mesmo restaurante, Leonardo André Teodoro Silva, afirmou ser extremamente difícil seguir as variações de preço ocorridas no mercado. “No atacado, o preço do abacaxi hoje é R$ 4,99, mas amanhã estará R$ 6,99. Sempre aumenta. A gente, se subir assim, quebra”, explica.
Diante disso, para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, os donos dos estabelecimentos, como restaurantes e lanchonetes, estão tentando reverter esse aumento dos preços há meses. No entanto, para esses sujeitos torna-se cada vez mais difícil tentar superar essa realidade.
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