Gás de cozinha volta a subir. Programa Vale Gás vai acompanhar?

De acordo com a pesquisa feita pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível, a média de preço do botijão de 13 kg subiu para R$ 113,25. No mês passado, o mesmo botijão estava custando em média R$ 111,29.

Esse aumento corresponde a um percentual de 1,2% na média nacional. Porém, a Petrobras havia feito um corte de 4,7% no preço do gás recentemente.

A pesquisa da Agência Nacional de Petróleo também mostrou que esta é a terceira semana que há um aumento no preço do gás de cozinha, porém, esse aumento é um tanto menor do que os aumentos passados.

Embora a Petrobras tenha anunciado a redução, os revendedores não estão repassando os descontos devido ao baixo reajuste no salário-mínimo. De acordo com a classe, o índice de inflação chegou a 25,3%, e os salários foram reajustados em apenas 21,4%.

Com o aumento dos valores, no entanto, os beneficiários do Vale Gás se perguntam se o ajuste também acontecerá para eles.

O cálculo do Vale Gás é feito em cima da média nacional dos últimos seis meses do preço do botijão de 13 kg. Esse valor é divulgado até o 10º dia útil de cada mês.

Como ainda não foram feitos os cálculos, não é possível saber o valor vai aumentar para o próximo mês, mas o que se sabe é que os beneficiários receberão 100% do valor médio. Isso se deve a PEC aprovada que garante até dezembro o valor cheio do botijão.

Em agosto, as famílias participantes do programa receberam R$ 110. Antes desse ajuste feito pela PEC, os beneficiários recebiam apenas 50% do valor médio dos botijões. Com a PEC, a verba do programa aumentou para R$ 2,95 bilhões, sendo que antes dela o repasse era de R$ 1,9 bilhão. A expectativa é que, até 2026, 5,6 milhões de famílias sejam beneficiadas pelo programa.

Para receber o Vale Gás, as famílias precisam estar registradas no Cadastro Único ou ter um membro que seja beneficiário do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

A prioridade do Vale Gás é para famílias comandadas por mulheres que tenham sido vítimas de violência doméstica. Depois, o benefício segue para famílias que estejam passando por vulnerabilidade social mais grave ou que tenham um maior número de integrantes.