Automobilística
Alguns modelos de veículos possuem fila de espera de até 6 meses para compra
Mesmo com a crise de falta de componentes controlada, as fábricas enfrentam uma alta demanda de compradores. Confira o motivo.
Parece que a alta dos preços dos automóveis e as restrições de financiamento nos bancos não têm afetado tanto o mercado automobilístico, isso porque alguns modelos estão com fila de espera de seis meses para compra.
No início do ano, a indústria automobilística estava passando por uma crise devido à falta de componentes para fabricação dos veículos. Este problema foi solucionado, e agora a entrega de componentes está normal, porém não é mais suficiente para a demanda de veículos desejados pelo público.
As versões de entrada são as mais procuradas pelos consumidores, mas veículos comerciais leves também estão em falta para a demanda do mercado. Os veículos mais baratos estão em falta, pois o número de chips é baixo para a produção de toda a demanda, e as fábricas acabam dando preferência aos veículos mais sofisticados, que resultam em lucros maiores.
De acordo com Márcio de Lima Leire, que é presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), há demanda reprimida, e a espera é de seis meses para modelos com maiores volumes de venda, mas há alguns casos em que a fila de espera chega a nove meses.
Para suprir essa demanda, fabricantes como a Volkswagen estão recrutando alguns funcionários para trabalhar nos finais de semana. Só no lançamento da versão Polo 2023 houve 7 mil veículos vendidos em um período de tempo muito pequeno, apenas duas horas. Durante o ano, o modelo vendeu apenas 2,4 mil unidades.
Este novo Polo está custando entre R$ 83 mil e R$ 110 mil, e todos os veículos comprados estão com prazo de entrega para os próximos 30 ou 60 dias. De acordo com a Volkswagen, alguns outros modelos contam com fila de espera de até dois meses.
A salvação do Brasil está em uma fábrica de chips que fica em Minas Gerais e está abandonada sem nunca ter produzido nada. Ela conseguiu arrecadar R$ 1,2 bilhão de sócios interessados em investir nesse mercado, mas ainda precisa de mais investidores para sua reativação.
Se reativada, a fábrica entrará no mercado global de chips, e além de produzir para o país e normalizar a demanda, ainda será uma enorme concorrência para as fabricantes estrangeiras. Essa fábrica é uma grande esperança para o setor de automóveis no Brasil, além de garantir uma melhora na economia, gerando empregos e garantindo exportações.
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