Descubra quanto vale a sucata do navio São Luiz, que bateu na ponte Rio-Niterói, no RJ

Na última segunda-feira (14), um vídeo viralizou nas redes sociais, do navio cargueiro São Luiz simplesmente se chocando contra a ponte Rio-Niterói. Ele já está abandonado há mais de seis anos na Baía de Guanabara, junto com centenas de outras embarcações.

Esse tipo de abandono pode causar diversos prejuízos para o governo, como aconteceu esta semana, mas não é tão simples retirá-las de seus encalhamentos. O São Luiz, por exemplo, aguarda decisões judiciais para saber qual será seu destino, já que ele ainda não está deteriorado por completo.

Com 200 metros de comprimento, 30 metros de largura e cerca de 165 mil toneladas, o cargueiro é estimado em uma grande fortuna, se for vendido pelos materiais. Só sua estrutura de ferro, cujo o quilo sucateado custa R$ 1, pode valer cerca de R$ 156 milhões.

Imagem: Reprodução Jornal O Globo

Muitas outras estruturas estão ancoradas na baía, que poderiam ser vendidas por preços altos também, já que não podem ser mais recuperadas. De acordo com as autoridades, são mais de 100 navios ancorados que continuam na Guanabara que não possuem previsão de destino.

As causas do acidente do São Luiz estão sendo investigadas pela autoridade marítima, mas tudo indica que a embarcação se soltou após o rompimento de uma amarra devido às condições climáticas.

Muitos veículos passavam pela ponte no momento do acidente, o que colocou a vida de milhares de pessoas em risco. O choque causou prejuízo às autoridades e ainda um bloqueio nos dois sentidos da ponte Rio-Niterói, até que fosse confirmada a segurança do tráfego no local.

A ponte ficou fechada por três horas após o acidente, sendo liberada parcialmente para travessia. O Centro de Operações identificou que a âncora da embarcação se soltou devido aos fortes ventos que ocorreram na capital no começo da semana.

De acordo com Geraldo Portela, que é especialista em gestão de risco, uma investigação mais rigorosa da estrutura da ponte deve ser feita, para assegurar com confiança que ela não apresenta nenhum risco a quem passa por lá. Ele diz que o porte da embarcação é muito grande, e que isso pode ter danificado a estrutura da ponte de alguma forma.

No momento a travessia já foi liberada, pois as investigações que ocorreram logo após a colisão indicaram que era seguro, já que a estrutura absorveu o choque. Muitas pessoas estão evitando passar pela ponte por medo de algum desabamento ou de um novo acidente.