Ações, Units e ETF's
Cias&Cifras | B3 (B3SA3) reduz lote mínimo de negociação de BDR e ETF
Cias&Cifras | B3 (B3SA3) reduz lote mínimo de negociação de BDR e ETF
Por: Junior Alves
Os lotes padrões de BDRs (Brazilian Depositary Receipts, recibos de ações estrangeiras) e de ETFs (fundos de índices) de renda variável serão reduzidos a partir do dia 28 de setembro, informou a B3 (B3SA3).
Segundo o Valor Econômico, a expectativa da bolsa brasileira também é liberar em outubro o acesso dos BDRs aos investidores pessoa física.
A quantidade mínima negociada de BDRs do tipo não patrocinados (quando a empresa não tem vínculo com a emissão daquele ativo) nível 1, ETFs de renda variável e as opções sobre ETFs de renda variável passarão das 10 unidades atuais para uma unidade.
Os BDRs patrocinados nível 2 ou 3 passarão de 100 unidades para uma unidade também.
Até agora, os negócios com BDRs são restritos a investidores qualificados, com mais de R$ 1 milhão em ativos financeiros, e estão a caminho de ficarem acessíveis a qualquer investidor.
“Nossa expectativa é que no mês de outubro as pessoas físicas possam efetivamente investir em ações internacionais”, afirma Mario Palhares, diretor de produtos listados da B3.
B3SA3: nova regra
A nova regra também permite o desenvolvimento do mercado de ETFs no Brasil, pois a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorizou a negociação de ETFs estrangeiros e títulos de dívida como lastros dos BDRs.
“É mais um importante passo para impulsionar a liquidez e volumes do produto”, afirma Felipe Paiva, diretor de relacionamento com clientes da B3.
Desde 1º de setembro entraram em vigor as novas regras para negociações de BDRs para pequenos investidores, o que abrirá caminho para investimentos em ações, ETFs e títulos de dívida no exterior.
O anúncio das mudanças nas regras, que já eram esperadas, foi amplamente comemorado por um mercado que vem demonstrando cada vez mais apetite pela diversificação e disposto à tomada de risco em busca de retornos maiores.
> B3SA3: número de investidores sobe 120% em um ano
O número de investidores ativos na B3 (B3SA3) atingiu 2.989 milhões em agosto, com alta de 119,9% em um ano e 4,7% no mês.
Em número absolutos, a bolsa conquistou 134.946 investidores em agosto.
O volume financeiro médio diário negociado na B3 sem segmento de ações, que contempla o mercado à vista e derivados sobre ações, subiu 59,1% em agosto ante o mesmo mês de 2019, para R$ 31.394 bilhões. Em comparação com julho, houve alta de 6,9%.
Capitalização
A capitalização de mercado média das empresas com ações negociadas na bolsa atingiu R $ 4.285 trilhões, 4,7% maior do que no mesmo mês do ano passado e 0,8% acima do nível de julho. O total de empresas listadas chegou a 394, com alta de 1,5% no ano e de 0,3% no mês.
O segmento de juros, moedas e moedas (antiga BM&F) teve um volume médio diário de 3.850 milhões de contratos em agosto, o que representa queda anual de 11,1% e alta mensal de 1,3%. A receita por contrato médio alcançou R $ 2.158, com alta de 44,7% no ano e de 1,0% no mês.
Infraestrutura
Nenhum segmento de infraestrutura para financiamentos (antigo Cetip UFIN), o número de registro de veículos financeiros ficou em 503.657 mil unidades, queda de 5,4% no ano e alta de 3,7% no mês.
O segmento de balcão (antigo Cetip UTVM) teve um estoque de R $ 3.200 trilhões na renda fixa, alta de 20,4% no ano e queda de 8,3% no mês. Nos derivativos, o estoque alcançou R $ 4.152 trilhões, alta de 58,9% e avanço de 3,5% na mesma base de comparação.
> Mercado financeiro reduz projeção de queda da economia para 5,05%
A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano foi ajustada de 5,11% para 5,05%.
A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – está no boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.
Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há 17 semanas consecutivas. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua projetando expansão de 2,50% do PIB.
Inflação
As instituições financeiras consultadas pelo BC ajustaram a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) em 1,94% para 1,99% este ano.
Para 2021, a estimativa de inflação foi mantida em 3,01%. A previsão para 2022 e 2023 também não teve alteração: 3,50% e 3,25%, respectivamente.
O cálculo para 2020 está abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central.
A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.
Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo em cada ano.
Selic
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 2,5% ao ano.
Para o fim de 2022, a previsão é 4,5% ao ano e para o final de 2023, 5,63% ao ano.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Dólar
A previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 5,25, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5.
> FIIS: após comprar 39 lojas do GPA, fundo quer captar meio bilhão
Depois de comprar 39 lojas do Grupo Pão de Açúcar (GPA) em uma transação bilionária este ano, o fundo de investimento imobiliário (FII) da gestora TRX tentará captar R$ 500 milhões junto a pequenos investidores em novembro.
Segundo o Globo, é a primeira vez que o fundo levantará dinheiro com aplicadores de varejo, depois de captar cerca de R$ 700 milhões com investidores institucionais.
Será, portanto, uma espécie de “IPO pra valer” de um FII cujo patrimônio já soma R$ 1,4 bilhão e abrange 43 imóveis — além das lojas do GPA, há também galpões na carteira.
FIIS: a oferta
A oferta tentará aproveitar o apetite das pessoas físicas pelos FIIs diante dos juros baixos. O número de CPFs aplicando na categoria acaba de ultrapassar 1 milhão. A oferta será coordenada pela Genial Investimentos e pelo Safra.
O fundo da TRX veio a mercado em janeiro. Mesmo tendo captado recursos exclusivamente junto a institucionais até agora, o FII já tem mais de 9 mil cotistas pessoas físicas, que compraram cotas na Bolsa.
FIIS: e-commerce
Além dos juros baixos, a oferta quer aproveitar outra alavanca: a explosão do e-commerce na pandemia. A TRX quer gastar os R$ 500 milhões captados para comprar até três galpões de logística, segundo fontes que acompanham a oferta.
O plano seria calibrar o portfólio, hoje muito concentrado em lojas alugadas pelo Pão de Açúcar e pelo Assaí.
O avanço do comércio eletrônico no período de isolamento social tem convencido outras gestoras a lançar FIIs dedicados à logística.
A XP está preparando um IPO de até R$ 600 milhões de um novo FII que vai comprar terrenos, construir galpões, alugá-los e, ao fim de um ciclo de seis anos, vendê-los.
> Fleury (FLRY3) quer ter maior marketplace de saúde do país
O grupo Fleury (FLRY3) quer ter o maior marketplace de saúde do país. a empresa aproveita a liberação da telemedicina no Brasil, em março, para expandir os negócios.
Segundo o Estadão, a pandemia do novo coronavírus criou demandas urgentes no setor da saúde.
Por conta disso as Healthtechs estão ganhando fôlego. Novas empresas surgiram em velocidade recorde e as tradicionais correram para colocar seus projetos para rodar.
No Grupo Fleury, a medida foi o que impulsionou a criação da Saúde iD, empresa de tecnologia que estava em desenvolvimento havia dois anos e que nasce com uma ambição: se transformar no primeiro e maior marketplace da saúde do País.
FLRY3: app
Conforme o jornal, a ideia é que, por um aplicativo, o paciente possa gerenciar seu prontuário médico, além de agendar consultas – presenciais ou à distância – e ter acesso a resultados de exames, entre outros serviços.
“Pela primeira vez, o paciente será o dono de todas as suas informações de saúde e as terá integradas em um único local, o que significa que não precisará mais contar seu histórico a cada médico que visitar”, afirma o CEO do grupo, Carlos Marinelli.
Na mesma plataforma, em um segundo momento, devem passar a ser oferecidos serviços e produtos de acordo com as necessidades de cada paciente.
“O marketplace vai oferecer desde venda e entrega de medicamentos a kits de alimentação saudável, bens de consumo e ofertas para adoção de hábitos saudáveis”, diz Marinelli.
Por enquanto, o serviço está disponível para os 4 milhões de clientes da SantéCorp, startup comprada pelo grupo há dois anos, e para os 3 milhões de clientes ativos do próprio Fleury, mas a ideia é que até o fim do ano chegue ao consumidor final.
> BB (BBAS3) quer estar entre os três maiores no mercado de capitais
O Banco do Brasil (BBAS3) quer estar entre os três maiores no mercado de capitais. A instituição financeira se prepara para uma escalada no setor.
Segundo o Estadão, o banco aproveita a chegada do novo presidente para ajustar a casa e quer atingir a meta em um prazo de até quatro anos.
Para isso, vai estruturar operações de captações para empresas por meio de oferta de ações e instrumentos de dívida nos mercados locais e externo, em financiamento de projetos (Project Finance) e em fusões e aquisições (M&A).
BBAS3: estratégia
Conforme o jornal, a estratégia vem casada com a joint venture com o UBS, com estreia prevista a partir da próxima semana, uma promessa para trazer um impulso na área do banco público, que passou apagada nos últimos anos.
Já organizando os próximos passos da área está Francisco Lassalvia, que assumiu a diretoria de mercado de capitais do BB há quatro meses e que ficará à frente da equipe que será mantida sob o guarda-chuva do banco.
“Ao longo dos últimos quatro meses, investimos na possível sinergia com a joint venture para que o BB seja um dos três líderes nas quatro pastas”, afirmou o executivo.
BBAS3: operações
O plano é fundamentar a origem das operações na base de mais de 12 mil empresas que estão na carteira do banco e, a partir do casamento com o UBS, estruturar e distribuir, ao lado do banco, as operações para investidores.
Outra meta do Banco do Brasil é reforçar a distribuição também entre poupadores que estão abaixo dos mais afortunados, de modo a evitar que escapem para as plataformas de investimentos, que avançam sobre os clientes dos grandes bancos.
No BB, estão no varejo clientes com potencial de investimento abaixo de R$ 150 mil, a partir dos quais ficam os de alta renda e private.
“O varejo ganhou relevância como investidor e por isso vamos treinar todos os gestores de relacionamento do banco para mostrar aos clientes como funciona o mercado de capitais”, conta. Lassalvia lembra ainda que o banco é de varejo e tem, portanto, o dever fiduciário de bom relacionamento e de “democratizar o mercado de capitais”.
BBAS3: capilaridade
A executiva ressalta que o BB possui nada menos do que 10 mil gerentes e a ampla capilaridade de toda a rede de atendimento do banco, uma carta na manga valiosa na hora de alcançar os investidores, que a cada dia precisarão mais buscar diversificação, em um mundo de juros baixíssimos.
Do outro lado, outra força já existente dentro da instituição que começará a ser utilizada é a sua base de clientes na área de atacado do banco, o que mostra a capacidade de originação das operações de mercado de capitais.
A joint venture com um banco estrangeiro ajudará a fechar o cerco na hora de conquistar os mandatos das emissões junto às companhias, visto que, segundo ele, existe uma demanda para bancos com braços no exterior.
> Vitru, controladora da Uniasselvi, levanta US$ 96 milhões e mira expansão
Assim como suas aulas à distância, a Vitru Educação, controladora da Uniasselvi, fez a estreia de suas ações na bolsa norte-americana Nasdaq também de forma “online”, com a tradicional batida do martelo, que marca o início do pregão do dia, realizada de forma virtual.
O presidente da Uniasselvi, Pedro Graça, garante que mesmo de longe – assistiu a cerimônia de Florianópolis, onde fica a sede da empresa -, a emoção foi muito grande.
Segundo o Estadão, a Vitru captou em uma oferta integralmente primária US$ 96 milhões. E a abertura de capital foi trabalhada por alguns anos, até tendo em vista o perfil de seus sócios, os fundos de private equity Vinci Partners, Carlyle Group Inc e Neuberger Berman.
Com os recursos em caixa, a meta agora é crescer, conta Graça, para quem algumas aquisições podem ocorrer, até porque nos últimos anos o ensino a distância – ou simplesmente EAD – cresceu muito no Brasil, com o surgimento de diversas empresas.
Como para o EAD escala é fundamental, é natural que algumas dessas empresas acabem sendo vendidas.
> Petrobras (PETR4): três grupos disputam refinaria da estatal
Três empresas apresentaram propostas pela Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e estão na disputa pelo ativo da Petrobras.
Segundo o Valor Econômico, os investidores interessados acompanham os desdobramentos do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pedido para impedir a venda das refinarias da estatal.
As propostas apresentadas pela Repar foram próximas, o que levou a Petrobras a abrir, então, uma nova rodada de negociações com as concorrentes.
PETR4: interessados
Entre os interessados no negócio, estão tanto empresas brasileiras quanto estrangeiras. No mercado, o grupo indiano Essar é apontado como um candidato a comprar uma das refinarias.
O pedido para que o STF se posicione sobre a venda de refinarias partiu das mesas do Congresso Nacional. O julgamento do STF começou na sexta-feira com um voto contrário à estatal, dado pelo relator, ministro Edson Fachin.
Em junho do ano passado, o plenário da Corte decidiu que as privatizações das chamadas “empresas-mãe” (controladoras e holdings) só podem ocorrer após aprovação de lei específica no Congresso, mas que o mesmo não vale para a alienação do controle acionário das subsidiárias. Com o aval do STF, a Petrobras pode, na ocasião, concluir a venda de 90% da operação.
PETR4: Senado
Há dois meses, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), alertou o STF sobre uma suposta manobra do governo para privatizar estatais à revelia do Legislativo.
Segundo ele, a Petrobras estaria desmembrando a sua matriz em “subsidiárias-ponte”, cujas alienações não precisam do aval do Congresso, nem de procedimento licitatório.
No debate sobre o assunto, a defesa da Petrobras, por sua vez, tem alegado que a venda das refinarias está amparada por uma imposição do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
PETR4: antitruste
A estatal fechou com o órgão antitruste, em meados de 2019, termos de cessação de conduta para abertura dos mercados de refino e gás natural no país.
No todo, a empresa está se desfazendo de oito das suas 13 refinarias, o equivalente à metade de sua capacidade.
A estatal pretende vender todas as unidades fora do eixo Rio-São Paulo.
A Petrobras tem, hoje, centenas de ativos à venda, entre eles campos de óleo e gás, termelétricas, gasodutos, distribuidoras de gás.
Na semana passada, ao anunciar um corte de até US$ 24 bilhões nos investimentos em exploração e produção até 2025, a companhia informou que incluirá novos ativos na carteira de desinvestimentos.
A empresa manifestou anteriormente a intenção de sair da produção em terra e águas rasas. Agora, a ideia é vender também ativos em águas profundas no pós-sal da Bacia de Campos, principalmente campos maduros – aqueles em fase de declínio, que exigem investimentos elevados para recuperar a produção.
PETR4: direito de operação
A partir de agora, a intenção é vender o direito de operação das áreas, e não apenas uma participação minoritária – como ocorreu, por exemplo, com alienação de 25% de Roncador para a Equinor, em 2017. O objetivo é valorizar os ativos.
Não há discussões, por ora, sobre vendas de participações minoritárias em campos estratégicos, como Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos.
No final do ano passado, a estatal se aliou às chinesas CNOOC e CNODC para arrematar os volumes excedentes da área, no leilão da cessão onerosa.
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