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Economia

Equipe de transição quer Petrobras “parada” até o início de 2023; entenda

Integrantes sugerem a suspensão de decisões consideradas estratégicas, visto que isso poderia afetar planos do governo eleito. Ações caem

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Crédito: redebrasilatual

Depois das críticas à distribuição de dividendos pela Petrobras, a equipe de transição do governo eleito voltou ao noticiário por conta da estatal. Desta vez, integrantes do grupo de trabalho de Minas e Energia manifestaram o desejo de que a petrolífera mantenha-se “neutra” até o início da nova gestão. Isso significa suspender decisões estratégicas e estruturantes, como a venda de ativos. Conforme foi informado, o pedido foi feito ao atual ministro da área, Adolfo Sachsida, durante reunião.

Um dos cotados para a presidência da Petrobras e membro da equipe, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), disse que há bons sinais nesse sentido. Segundo ele, Sachsida já disse que não tomará nenhuma decisão ou atitude comprometedora em relação ao próprio ministério. Agora, o governo eleito quer que isso também se replique na administração da Petrobras. Há o receio de que mudanças feitas a toque de caixa impactem no planejamento para o futuro da companhia.

“Ele (o ministro) vai nos colocar em contato institucionalmente com a Petrobras e nós vamos conversar o quanto antes. Como a Petrobras está no âmbito do Ministério de Minas e Energia, deveria haver a suspensão desses processos em função do acelerado que é um final de governo”, disse o senador.

Como a Petrobras tem processos próprios e decisões avaliadas pelo seu Conselho de Administração, a conversa deverá se dar com os atuais gestores. Nesse sentido, a transição deve pedir a suspensão de algumas iniciativas, como a venda da TBG (gasoduto que liga o Brasil à Bolívia) e de refinarias. Prates reforça que a negociação destes ativos poderá ter encaminhamento no futuro, mas isso dependerá de uma reavaliação. Lula e seu entorno discordam da forma como a situação vem sendo conduzida.

Na esteira dessas expectativas, a Petrobras registrava queda de cerca de 4% em suas ações na Bolsa nesta terça (22). Com isso, o Ibovespa acabou sendo pressionado para baixo. O movimento também acompanha o rebaixamento de compra para a venda dos papéis da companhia e corte do preço-alvo em mais de 50% por parte da UBS BB. A justificativa para a classificação diz respeito às incertezas sobre o futuro da empresa. Dessa forma, a tentativa de interferência por parte da equipe de transição deve intensificar as reações.

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