Política
Novo governo, novo imposto: o desconto sairá do bolso dos trabalhadores
Desde o início da campanha do candidato petista, vem sendo discutido um novo imposto em relação às centrais sindicais. Entenda.
Desde a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vem sendo discutido junto às centrais sindicais um novo imposto. Com a reforma trabalhista, desde 2017 não é obrigatório o pagamento do imposto sindical, mas um imposto semelhante pode chegar no ano que vem, dessa vez com o nome de taxa negocial.
Durante sua campanha, o presidente eleito vinha discutindo a possibilidade da implementação de um meio para que fosse recuperado o financiamento dos sindicatos.
Isso poderá acontecer por meio de uma taxa a ser cobrada dos trabalhadores. O valor dessa taxa deverá ser discutido de forma coletiva.
É importante ter em vista que parte do apoio recebido pelo candidato do PT em sua candidatura aconteceu por causa do alinhamento das centrais sindicais. No entanto, o presidente eleito garante que não concorda com o retorno do imposto sindical, que foi extinto em 2017 pela reforma trabalhista.
Taxa negocial
Essa proposta foi feita pelos sindicalistas e recebeu o nome de taxa negocial. A proposta leva esse nome porque a taxa a ser cobrada será estabelecida por meio de reuniões coletivas entre os sindicatos e os trabalhadores.
Caso a proposta venha a entrar na prática no mandato do presidente eleito, o valor será descontado da folha de pagamento do trabalhador, até mesmo daqueles que não são sindicalizados, isso porque eles também se beneficiam do acordo coletivo.
Fontes ligadas à campanha de Lula afirmam que o valor não deverá ser instituído por força de lei. O esperado é que o valor seja por volta de 1% do salário-mínimo vigente. Também é ressaltado que poderá ser parcelado; o valor será descontado em parcelas diretamente do contracheque.
Esse novo imposto já é uma realidade?
Não. Ainda está em negociação entre os sindicalistas e o novo governo petista. Dessa forma, por enquanto, é considerado apenas uma possibilidade.
No entanto, com a eleição de Lula, o financiamento dos sindicatos de fato deverá ser discutido entre empresários, trabalhadores e membros do governo.
Vale lembrar que acontecerão negociações entre trabalhadores e sindicalistas, o que muito provavelmente influenciará numa maior produtividade por parte dos sindicatos, visto que, se os trabalhadores não concordarem com a negociação, os sindicatos continuarão com poucos recursos financeiros.
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