Estas famílias correm risco de ter o Auxílio Brasil bloqueado; veja quais

O Auxílio Brasil, hoje, conta com mais de 21 milhões de famílias beneficiárias, o que acaba sendo um custo muito alto para o governo. Visando melhorias para aqueles que realmente necessitam do valor, o governo resolveu passar um pente-fino na lista de beneficiários do programa.

Quem corre mais risco de ter seu auxílio cancelado são as “famílias” unipessoais, ou seja, aquelas que possuem apenas um integrante. O benefício é destinado principalmente para famílias com crianças ou com muitos integrantes, como um auxílio mensal para ajudá-las a se manter.

Porém, desde novembro de 2021, quando o Auxílio Brasil tomou o lugar do Bolsa Família, mais de 3 milhões de pessoas nessas condições entraram para o programa. O número de inscrições desse tipo aumentou até no Cadastro Único, passando de 8.929.623 em novembro do ano passado para 13.912.102 em outubro deste ano.

O problema maior foi que muitas famílias acabaram se desmembrando para caber nas regras do programa, já que era preciso ter renda mensal per capita de no máximo R$ 210.

Dessa forma, os integrantes davam um endereço diferente do da família e realizavam uma inscrição separada no Cadastro Único, conseguindo assim receber mais de um auxílio por família.

Porém, essa prática é proibida e pode levar ao bloqueio do benefício da família, se comprovada. Isso porque o Cadastro Único deve conter todos os moradores da residência, e a omissão dessa informação pode ser considerada fraude.

Todas as famílias que se encontram nessa condição serão chamadas novamente para atualização do cadastro e averiguação das informações, e assim se dará o pente-fino. Se constatada alguma irregularidade, o benefício será cancelado.

A convocação acontecerá por meio de mensagem de texto, pelo aplicativo do programa ou até mesmo por um aviso no extrato de pagamento do auxílio. Com a exclusão de famílias que não se encaixam no programa, o novo governo conseguirá melhorar o pagamento das famílias que realmente precisam do valor.

“O governo Lula vai assumir com 1 milhão de pessoas sendo chamadas em janeiro e 2 milhões de pessoas sendo chamadas em fevereiro, para comparecer ao CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), ou os benefícios vão ser bloqueados”, disse Tereza Campello, que é integrante da equipe de transição de Lula.