Ibovespa fecha perto da estabilidade, aos 103.737,69 pontos; movimentação política pesa

O Ibovespa fechou a sessão desta quinta-feira (15) em baixa 0,01%, aos 103.737,69 pontos, influenciado pela movimentação política no Brasil, que acabou pesando sobre o índice. O volume financeiro somou R$ 28,4 bilhões.

Em Nova York, o Dow Jones caiu a 2,25% (33.202,81 pontos), o S&P500 recuou a 2,48% (3.896,10), e a Nasdaq perdeu 3,23% (10.810,53).

Na Europa, Frankfurt fechou em baixa de 3,28%, Londres fechou em baixa de 0,92%, e Paris fechou em baixa de 3,09%. Já Madri fechou em baixa de 1,72%, e Stoxx 600 fechou em baixa de 2,82%. As bolsas europeias refletiram a onda de aumentos de juros mundo afora.

O dólar à vista, por sua vez, fechou em alta de 0,28%, a R$ 5,3157, após oscilar entre R$ 5,2838 e R$ 5,3480.

Já o ouro para fevereiro na Comex caiu 1,70%, a US$ 1.787,80 por onça-troy.

Do lado das commodities, o petróleo tipo Brent para fevereiro caiu 1,80%, a US$ 81,20 por barril, na ICE, enquanto o tipo WTI para janeiro recuou a 1,51%, a US$ 76,11 por barril, na Nymex.

Em relação aos juros futuros, no fechamento o DI para Janeiro de 2024 caiu a 13,900% (de 14,0%, ontem), enquanto janeiro de 2025 cedeu a 13,590% (de 13,645%). Já janeiro de 2026 recuou a 13,455% (de 13,525%), e janeiro de 2027 a 13,365% (de 13,455%). Por fim, janeiro de 2029 a 13,320% (de 13,410%) e janeiro de 2031 a 13,310% (de 13,410%).

Em se tratando dos títulos do Tesouro dos EUA, o T-bond de 30 anos recuou a 3,495%, de 3,5343%, o T-note de 2 anos subiu a 4,246%, de 4,2136%, o T-note de 5 anos avançou a 3,6195%, de 3,6127%, e o T-note de 10 anos caiu a 3,447%, de 3,4774%.

Ibovespa: o que pesou?

No mercado doméstico o que pesou para o resultado do Ibovespa foi a movimentação política, com o novo governo sondando alguns nomes e anunciando outros.

Já o Supremo Tribunal Federal (STF) colocou a Polícia Federal (PF) na rua para buscar e prender pessoas envolvidas com as manifestações. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em sete Estados.

Os magistrados também iniciaram uma votação acerca do Orçamento Secreto, para julgar se este e Constitucional ou Inconstitucional.

Do lado corporativo, o estatuto da Petrobras (PETR3; PETR4) blinda a empresa de alteração da Lei das Estatais, mas conselheiros temem mudança no documento.

Outra notícia acerca da petroleira informa que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) aprovou um acordo para aumentar os investimentos na Margem Equatorial, área de nova fronteira exploratória que vai do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte.

A expectativa da diretoria da ANP é de que sejam feitos investimentos adicionais de R$ 440 milhões pela estatal com a perfuração de novos poços nas bacias de Barreirinhas, no litoral de Maranhão, e Potiguar, entre o Rio Grande do Norte e o Ceará.