Economia
Você costuma usar o Pix regularmente?
Então, saiba quais são as principais mudanças para 2023 e os quatro golpes mais comuns
Anunciado há algumas semanas, o sistema instantâneo de pagamentos, o Pix, vai passar por algumas mudanças, a título de conferir mais segurança e flexibilidade aos seus usuários, em especial, no caso de operações noturnas.
A partir de 2 de janeiro próximo, deixa de existir limite de valor para transações diárias, mas será possível transferir todo o limite do dia, existente na conta, em apenas uma transação. Do mesmo modo, não mais haverá mais limite de transferências para contas de pessoas jurídicas, a exemplo de empresas, ficando agora a critério de cada instituição financeira específica.
As alterações também se estendem ao limite noturno, em que o usuário poderá escolher qual faixa de horário é mais apropriada para limitar o valor das operações, a partir das 22 horas, e não mais desde às 20 horas, como anteriormente.
No que se refere às funcionalidades do Pix Saque e Pix troco, os limites atuais para saque – de R$ 500 no período do dia, e de R$ 100 à noite – foram ampliados para R$ 3 mil e R$ 1 mil, respectivamente.
Para o CEO da Matera, Bruno Samora, as mudanças são positivas e representam o processo de amadurecimento do Pix. “Depois de dois anos rodando, conseguimos entender melhor a dinâmica da ferramenta e simplificar alguns aspectos. E foi um pouco disso que o Banco Central (BC) fez com as regras de limite”.
As alterações no Pix – que bateu recorde de 99,4 milhões de transações, em apenas um dia – também são reflexo da ocorrência crescente de golpes, desde pessoas que solicitam dinheiro, se passando por outras, por meio da ferramenta instantânea, ou mediante assaltos que exigem do usuário a transferência de valores.
Além dos crimes cibernéticos (phishing) – quando a vítima é induzida a fornecer informações sigilosas, após receber falsas solicitações por e-mail, mensagens de whatsapp, links enganosos ou ainda, ligações de call centers – há quatro tipos clássicos de golpes virtuais. Os mais comuns são:
Clonagem do whatsapp
É quando criminosos, ao se identificarem como funcionários de uma empresa em que a pessoa possui cadastro, solicitam a ela seu código de segurança, que é enviado pelo aplicativo quando o usuário tenta instalar o whatsapp em outro aparelho. Uma vez com o código, os criminosos clonam a conta da vítima, passando a enviar, em seguida, mensagens aos seus contatos, solicitando dinheiro emprestado, via Pix. Para evitar a clonagem, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) orienta para que se habilite no aplicativo a opção “Verificação em duas etapas” (Configurações/Ajustes > Conta > Verificação em duas etapas), de modo a cadastrar uma senha que será solicitada de forma periódica pelo app.
Engenharia social via whatsapp
Aqui, em vez de clonar o whatsapp, os criminosos criam uma nova conta do aplicativo com a foto da vítima, passando a pedir dinheiro de contatos de amigos ou familiares, sob a alegação de que teriam sofrido um assalto, o que obrigou a troca de número e a necessidade de transferência urgente de dinheiro. Como providência para evitar essa fraude, a Febraban recomenda evitar tornar público o número de celular nas redes sociais.
Falso funcionário e falsa central telefônica
Também muito comum, o crime inicia quando malfeitores, passando por funcionários do banco em que o usuário possui conta, pedirem informações financeiras, para fins de cadastramento ou regularização das chaves do Pix. Nesse caso, a Febraban alerta que tal regularização só é feita pelos canais oficiais das instituições, cuja validação é composta em duas etapas, que requer a confirmação por e-mail. Normalmente, funcionários de bancos não pedem informações, mas apenas confirmam as existentes.
Bug no Pix
Igualmente muito comum, o chamado ‘bug (erro) no Pix consiste em enviar ‘fake news’ por meio de vídeos, publicações ou mensagens de whatsapp às vítimas, sob o argumento de que, devido a ‘alguma falha’ no aplicativo, será necessário enviar uma quantia em dinheiro para receber o dobro de volta. Aqui, a recomendação é para que se verifique a origem das mensagens, além de buscar orientação somente pelos canais oficiais das instituições financeiras.
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