Economia
Saiba qual será o futuro do empréstimo consignado do Auxílio Brasil
O Auxílio Brasil disponibilizou recentemente a modalidade de contratação de empréstimo consignado. Saiba qual o futuro da categoria na transição de governo.
O Auxílio Brasil foi criado em 2020 como Auxílio Emergencial em decorrência da grande crise financeira causada pela pandemia da covid-19.
Depois de alguns meses, o benefício se estabeleceu e substituiu o antigo programa Bolsa Família. Ao longo do tempo, o aplicativo do Caixa Tem lançou algumas novidades para os beneficiários, como PIX, cartão de débito e pagamento de boletos. A modalidade mais recente foi a disponibilização de um empréstimo consignado.
A modalidade de empréstimo disponibilizado pelo Governo sofreu muitas críticas de instituições e de profissionais especializados em economia. Mas, apesar das polêmicas em torno do consignado, o empréstimo foi oferecido para os beneficiários do Auxílio Brasil.
O beneficiário tem várias opções de instituições financeiras para aderir o consignado do Auxílio Brasil, incluindo a Caixa Econômica Federal, o banco preferido dos solicitantes. Agora, com a mudança de governo em 2023, uma das questões é se a modalidade de empréstimo continuará disponível.
Um relatório da equipe de transição de governo orientou o presidente eleito, Lula, a bloquear a modalidade de empréstimo consignado do Auxílio Brasil. No documento da equipe foi mencionado que a categoria de empréstimo causa “desproteção social futura”.
Um dos pontos é que os beneficiários precisam quitar as parcelas mesmo se, por algum motivo, deixarem de receber o benefício do auxílio.
Outro relatório feito pela equipe de Desenvolvimento Social aponta que o empréstimo do Auxílio Brasil agrava ainda mais a desigualdade no país. A equipe considerou que os mais pobres são obrigados a fazerem repasses financeiros aos bancos, constituído por pessoas mais ricas. Outro fator considerado é que as parcelas comprometem a renda familiar.
A preocupação também se estende ao futuro da Caixa. Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda do Governo Lula, declarou que “se a gente não prorrogar o Auxílio Brasil, a Caixa quebra”.
Isso se deve ao fato de que, mesmo sem receber o auxílio, o beneficiário continuará com as parcelas em aberto, e já que o programa é direcionado a pessoas de baixa renda, a preocupação é não ter essas dívidas quitadas.
Atualmente, o consignado segue disponível para contratação, mas é possível que seja bloqueado depois dos primeiros cem dias de governo, já que essa é a indicação feita para Lula. Caso não seja bloqueado, a outra proposta é reduzir a taxa de juros, que hoje está em 50,23% ao ano.
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