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Economia

Número de investidores de FIIs cresce 950% em quatro anos

Contingente de pessoas que investem em fundos de investimentos imobiliários saltou de 208 mil para 2 milhões

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A busca por um investimento com retorno mais seguro é constante, a despeito de incertezas fiscais, juros persistentemente elevados ou inflação não ‘domada’. É o que ocorre com os fundos de investimento imobiliário (FIIs), cujo número de investidores cresceu ‘astronômicos’ 950% nos últimos quatro anos (de 208 mil, em 2018 para quase 2 milhões, em 2022), aponta levantamento realizado pela XP, com base em dados fornecidos pela B3 (B3SA3) e Economática.

Entre os fatores da grande atratividade exercida pelos FIIs – que possuem renda variável, mediante cotas negociadas na bolsa brasileira – é a possibilidade de auferir rendimentos mensais, totalmente isentos de Imposto de Renda (IR). Mesmo com a elevação expressiva da taxa básica de juros (Selic) – atualmente no patamar de 13,75% ao ano – os fundos imobiliários permanecem em rota de crescimento, ainda que ‘mais lento do que antes’.

Importante notar que a demanda por FIIs ocorre, mesmo ante à concorrência direta das aplicações de renda fixa, turbinadas pela Selic elevada, uma vez que os juros altos também beneficiam esses tipos de fundos.

Para o responsável pelo estudo, o analista de fundos de investimentos da XP Daniel Chinzarian, “a grande alta foi nos anos que tivemos os juros baixos, principalmente a partir de 2019, quando começaram os ciclos de corte da Selic. Segundo dados da B3, nos anos de 2019 a 2022 tivemos um aumento por ano de: 310%, 182%, 132% e 127%, respectivamente”. Esses dados, continua o analista, representam “só o começo de uma tendência”,  pois ainda “há muito espaço para crescimento dessas carteiras”.

Chinzarian lembra, também, que “a indústria de fundos imobiliários” ainda representa menos de 3% da indústria de REITs (classe de ativos comparável americana), conforme observa estudo original da XP, que dá destaque ao alto potencial de crescimento desse tipo de investimento, cujo mercado explodiu nacionalmente, a partir de 2018, sem dar sinais de desaceleração, inclusive durante a pandemia, período considerado ‘sensível’ a novos investimentos em imóveis”.

O analista da XP conclui que o incremento da demanda, proporcionado pelo novo público, abriu margem para o lançamento de novos fundos, resultando na triplicação do volume captado, de janeiro de 2018 a outubro de 2022 – de R$ 54 bilhões para R$ 191 bilhões. Nesse mesmo período, o número de fundos saiu de 173 para 350.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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