Economia
Entenda como funcionará o pente-fino no Bolsa Família em janeiro
Há uma forte suspeita de fraude por parte dos beneficiários do Auxílio Brasil. Para evitá-las, o governo fará convocação de alguns beneficiados.
Com a volta de Lula para a presidência, muitas coisas devem mudar no maior programa de transferência de renda do país, o Auxílio Brasil. Inclusive, uma das primeiras mudanças é em seu nome, que voltará a ser Bolsa Família.
Para quem não lembra, o Bolsa Família foi criado no primeiro mandato de Lula, e teve este nome até o final do ano passado, quando foi modificado pelo atual presidente Jair Bolsonaro.
Outra coisa que deve acontecer após a posse de Lula é um pente-fino no programa, que tem levantado suspeitas de fraude por parte de alguns beneficiários.
Hoje o programa conta com mais de 21 milhões de beneficiários, muito devido ao aumento de verba do segundo semestre deste ano, que possibilitou a adição de mais famílias.
Porém, na hora da inscrição no Cadastro Único, muitas pessoas que compõem um núcleo familiar relataram morar sozinhas e apresentaram endereços diferentes, para receber mais de um benefício.
De acordo com o futuro ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, os dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) serão utilizados para avaliar os dados disponíveis no banco do programa.
Ele disse que neste primeiro momento o esforço será concluir o Censo do IBGE, e que depois ele será utilizado para “avaliação e análise dessa base de dados”. Ele diz que o processo será feito com cuidado e responsabilidade.
A ideia do pente-fino é excluir aquelas famílias que não estão dentro das regras do programa e que por algum motivo conseguiram ser beneficiadas. No foco estão as famílias unipessoais, as que estão com o Cadastro Único desatualizados e aquelas que ultrapassaram o requisito de renda.
Essas famílias serão convocadas a comparecer a um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) para fazer a atualização do cadastro e checagem de dados. Quem for convocado deve levar comprovante de renda e residência e documentação dos integrantes da família.
Outra coisa que voltará a ser cobrada no próximo ano, como forma de manutenção do auxílio, é a frequência escolar e a atualização da carteira de vacinação. Além disso, as gestantes do programa precisarão fazer acompanhamento pré-natal para manter o recebimento.
Fora essas mudanças, as regras para adentrar no programa devem seguir as mesmas. Além disso, devido à aprovação da PEC de Transição, o valor de R$ 600 será mantido, e as famílias que possuírem crianças menores de seis anos de idade receberão acréscimo de R$ 150 por criança.
Se você é um beneficiário do programa, fique atento a sua caixa de mensagens no celular, notificações do aplicativo ou mensagens emitidas nas notas de recebimento do benefício, pois você pode ser um dos convocados.
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