Bancos
Juros futuros avançam, a reboque do desempenho fraco do varejo
Taxa de contrato de DI para janeiro de 2024 aumenta de 13,59% para 13,63%
Em compasso com o comportamento do dólar e refletindo os dados fracos do desempenho das vendas do varejo (que caíram 0,6% em novembro passado, ante outubro, segundo o IBGE), os juros futuros exibem relativa estabilidade nesta quarta (11), marcada por poucas novidades no exterior.
Como resultante, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 aumentava para 13,63%, ante 13,59% apresentado no ajuste de ontem (10), ao passo que o DI para janeiro de 2025 subia de 12,75%, acima da taxa anterior, de 12,69%, e o de janeiro de 2027 crescia de 12,50%, no ajuste anterior, para 12,52%. O DI para janeiro de 2026, por sua vez, ia de 12,505% para 12,565%, enquanto o DI para janeiro de 2027 aumentava de 12,50% para 12,545%.
A despeito do anúncio de um IPCA de 2022 (5,79%) acima do previsto, a curva do DI futuro refletiu a percepção de menor risco político, decorrente da devolução no câmbio, o que levou a vértices longos caírem até 20 pontos-base. Em razão de ajuste de posições nos dois últimos dias, há a tendência de as taxas futuros operarem em relativa elevação. Ao mesmo tempo, o mercado futuro reflete a expectativa positiva em torno do anúncio de medidas efetivas para economia, por parte do governo Lula, nos próximos dias.
O recuo do varejo em novembro, já citado, de acordo com especialistas, sinaliza a tendência de desaceleração da economia, que se ressente do forte aperto monetário promovido pelo Banco Central (BC), desde o ano passado, haja vista que a taxa básica de juros (Selic) foi inflada de 2% ao ano para os atuais 13,75% ao ano.
Em carta aberta enviada ontem (10) ao novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto atribuiu ao efeito da ‘inércia inflacionária’ sobre os preços em 2022, o principal fator para o ‘estouro’ da meta de inflação no ano passado. Segundo Campos Neto, as projeções mais recentes apontam o risco de novo estouro da meta para 2023.
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