Governo central teve superávit de R$ 54,086 bi em 2022, informa Tesouro

O Tesouro Nacional informou nesta sexta-feira (27) que o governo central registrou superávit primário de 54,086 bilhões em 2022, o primeiro resultado positivo desde 2013 e que corresponde a 0,5% do PIB.

Conforme a autarquia, no ano passado as receitas do governo central tiveram alta real de 9,7%, enquanto as despesas subiram bem menos, 2,1%. As despesas sujeitas ao teto de gastos subiram 12,5% em 2022.

Também disse que o limite de alta era de 15,2%, e a execução dessas despesas atingiu 97,7%. Assim, o chamado empoçamento de recursos atingiu R$ 20,7 bilhões. Ainda no ano, o resultado da Previdência Social foi negativo em R$ 261,267 bilhões.

Em dezembro, houve superávit primário de R$ 4,427 bilhões, acima da mediana das previsões, de R$ 1,5 bilhão. No mês, o Tesouro (incluindo o BC) teve déficit de R$ 2,222 bilhões, mas o INSS teve superávit de R$ 6,649 bilhões, graças à antecipação do pagamento de benefícios ao longo do ano.

No mesmo período em 2021, houve superávit de R$ 13,829 bilhões. O resultado do BC individualmente foi zero em dezembro. No último mês de 2022, a receita subiu 2,8% em termos reais sobre o mesmo período em 2021, e as despesas tiveram queda real de 0,6%.

Grau de investimento

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse ontem que recuperar grau de investimento do país é uma meta para o órgão. “Já iniciamos esse processo”, destacou, ao dizer que o novo arcabouço a ser apresentado pelo Ministério da Fazenda ainda no primeiro semestre tem a intenção de dar previsibilidade e segurança para investidores, sinalizando que o país vai honrar seus compromissos. A informação é do Valor.

Ceron também disse que o governo pretende emitir títulos “verdes” no exterior em 2023. Ele ressaltou que o lançamento do novo papel vai depender da decisão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.