Proposta de Fernando Haddad prevê aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda

Nos últimos anos, o salário mínimo tem sido atualizado, porém, as tabelas do Imposto de Renda continuam as mesmas, tornando uma boa parte da população sem direito à isenção.

Isso acaba prejudicando a parcela da população com menores salários, pois o corte de renda continua muito baixo comparando-se ao custo de vida de evolução salarial dos brasileiros.

Acontece que os brasileiros estão ganhando mais este ano, porém, a inflação faz com que eles também gastem mais.

Sendo assim, por mais que o salário tenha evoluído, o estilo de vida e poder de compra continuam o mesmo, o que fica um tanto sem sentido, quando pensamos em declaração de Imposto de Renda.

Diante disso, na última segunda-feira (13), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou uma proposta de correção para a tabela de Imposto de Renda, estendendo a faixa de isenção.

Ainda não se tem detalhes dos valores para os quais estas faixas foram estendidas, mas de acordo com o desejo de Lula e do ministério do Trabalho, seria para dois salários mínimos. Porém, a equipe econômica do novo governo entendia que a faixa de isenção ideal seria de até um salário mínimo e meio.

Lula chegou a mencionar que gostaria de aumentar a faixa de isenção até os R$ 5 mil, porém, sua equipe econômica achou inviável esse corte, pois trata-se de 60% da arrecadação do país.

“Então vamos mudar a lógica”, disse o presidente em uma reunião, “vamos diminuir para o pobre e aumentar para o rico”.

A proposta do ministro foi enviada ao presidente Lula, que deve avaliar ainda esta semana e dar a resposta antes ou logo após o Carnaval.

A última atualização da tabela de Imposto de Renda aconteceu em 2015, quando o salário mínimo era R$ 788. Hoje, com o salário a R$ 1.302, brasileiros que recebem apenas um salário mínimo e meio entram na faixa de declaração.