Paranapanema (PMAM3) leva à Justiça plano de pagamento de credores

A Paranapanema (PMAM3) protocolou na Justiça do Estado de São Paulo, ontem, o plano de recuperação do pedido anunciado no início de dezembro.

De acordo com o Valor Econômico, a companhia solicitou proteção contra credores para dívida de R$ 450 milhões.

Conforme o jornal, o plano protocolado ontem aponta as condições de pagamentos para três classes de credores.

Também traz que a assembleia para a aprovação do plano deve ocorrer na segunda quinzena de maio.

Agora, haverá um prazo de 30 dias para possíveis objeções ao documento elaborado pelos credores. Segundo a reportagem, a empresa está operando com cerca de 35% da capacidade de produção.

Paranapanema (PMAM3): Luiz Barsi

Há quem veja a recuperação judicial da companhia com muito bons olhos. É o caso do megainvestidor Luiz Barsi. Ele integra a base acionária da empresa.

Na opinião de Barsi, a Paranapanema teve que decidir por esse caminho “porque, provavelmente, era o que faltava para o barco não afundar”.

Ainda assim, ele considera que “a recuperação judicial não é um bicho de sete cabeças, como muita gente pensa, com prenúncio de falência”.

Em uma entrevista no YouTube, disse que pretende fazer o “empenho”, no sentido de revigorar essa situação, e fazer com que a empresa retorne a uma situação natural, normal, em termos de operacionalização.

A empresa

De acordo com informações do RI da empresa, a Paranapanema atua na fundição e no refino de cobre primário e na produção de semimanufaturados de cobre e suas ligas. É, assim, a única empresa a transformar o cobre mineral em metal no Brasil. As atividades da Companhia abrangem grande parte da cadeia industrial do material, seguindo até a fabricação e a venda de produtos e coprodutos, como vergalhões, fios trefilados, laminados, barras, tubos, conexões, entre outros.