Economia
Invasão da Ucrânia pela Rússia completa 1 ano em 24 de fevereiro
Conflito no Leste Europeu faz aniversário sem sinal de arrefecimento; saiba tudo aqui
A invasão da Ucrânia pela Rússia completa um ano dia 24 de fevereiro, ou seja, na sexta-feira. Desde que o país governado por Vladimir Putin se lançou sobre o vizinho europeu, o continente tem sofrido com uma série de problemas que vão da inflação à fuga em massa de pessoas.
Isso porque a Rússia é o principal fornecedor de gás para boa parte dos países europeus e o impasse militar gerou uma série de sanções econômicas contra o invasor. Esse movimento encareceu o preço da energia e distanciou ainda mais os líderes da Região.
Na prática, Putin, que já vivia isolado, ficou ainda mais distanciado de seus pares, enquanto o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky – um ator – ganhou o respeito e a admiração por resistir à Rússia e até conseguir importantes vitórias no campo de batalha.
Ainda assim, na prática, o conflito militar parece estar longe de acabar e a Rússia se mostra cada vez mais bélica, ao menos por suas ameaças àqueles que considera inimigos. Tanto é assim que ontem o Kremlin anunciou sua saída de um tratado de utilização de armas nucleares.
Também ontem o presidente norte-americano Joe Biden fez uma visita surpresa à Ucrânia, prometeu mais dinheiro e armas e declarou que o país nunca será uma vitória para a Rússia. o caso é tratado como uma afronta por Putin e funciona como um aditivo para uma guerra mais intensa e com a entrada de novos personagens.
Invasão da Ucrânia pela Rússia: como tudo começou?
A aproximação da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) despertou a fúria da vizinha Rússia que, um ano atrás, praticamente, deslocou um volume expressivo de militares para a fronteira com o país vizinho.
Na ocasião, o Kremlin declarou que se tratava apenas de exercícios militares, mas os órgãos de inteligência dos EUA, bem como do Reino Unido, já vinham alertando a Ucrânia de que se tratava de um movimento de invasão não declarado. Ou seja, o avanço das tropas era iminente. E foi!
Porém, a Ucrânia colocou parte de seu exército na fronteira para fazer frente aos russos e isso deu início a um sangrento conflito assim que os homens de Putin adentraram o país. Entretanto, aos poucos a Rússia foi conseguindo avançar e ganhar terreno.
Na prática, o real motivo é o interesse da Ucrânia em integrar a Otan e, com essa conquista – que ainda está em análise – qualquer país que se junte à organização passa a contar com a proteção da entidade.
Ou seja, se a Ucrânia já fizesse parte da Otan, o ataque da Rússia ao país seria considerado um ataque a todos os países que integram a Otan, o que geraria uma guerra com a Otan, e não com a Ucrânia.
Desta forma, a Rússia alega que a Ucrânia é mais “russa” do que europeia – e isso até tem sua razão de ser, inclusive a capital ucraniana Kiev chegou a ser a capital da Rússia de 882 ao ano 1240. Assim, língua e cultura são muito parecidas.
Inclusive, segundo os historiadores, a Rússia nasceu em Kiev em meados do século IX, inclusive os dois países foram um só país até meados do século XII.
Quais os interesses da Rússia?
No mundo moderno, a percepção que se tem do recente conflito Rússia-Ucrânia se dá pela razão já exposta, acerca da Otan, bem como pelo interesse de Putin em anexar importantes áreas do país vizinho, como já fez com a Criméia em 2014, quando promoveu outra invasão.
Vale destacar que a Criméia é uma Região portuária muito importante que pertencia à Ucrânia, mas que foi tomada pela Rússia naquele ano para, desta forma, controlar o comércio internacional, o braço de mar (saída para o mar) e dominar a Região.
A anexação da Criméia pela Rússia foi muito criticada pelos países do Ocidente, mas, na prática, ninguém se envolveu diretamente em um conflito militar.
Já a invasão recente também tem a ver com a produção de grãos, cujo volume na Ucrânia está entre os maiores do mundo, bem como anexação de algumas Regiões consideradas Estados que eram pró-Rússia, como Luhansk e Donetsk.
Quem está do lado da Rússia?
China e Índia são os dois países que se posicionam favoráveis à Rússia, além dos países declaradamente pró-Rússia historicamente, como Armênia, Belarus, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão entre outros. Estes integraram, no passado, a União das República dos Países Socialistas Soviéticos (URSS).
No Ocidente, praticamente não há país que se posicionem favoráveis à Rússia, embora haja aqueles que não declararam apoio a nenhum dos lados até o momento, como é o caso do Brasil, que mantém relações cordiais e comerciais com os dois.
Dados do conflito Rússia-Ucrânia
- Supostamente 100 mil soldados russos morreram nesta guerra;
- Supostamente 100 mil soldados ucranianos morreram nesta guerra;
- Supostamente 40 mil civis morreram nessa guerra;
- No ápice do conflito, 6 milhões de pessoas deixaram a Ucrânia;
- A Ucrânia já recebeu mais de US$ 40 bilhões em dinheiro para resistir à Rússia militarmente.
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