Segredo da longevidade: como chegar aos 122 anos com saúde

Quem não quer passar dos 100 anos com saúde? A francesa Jeanne Calment bateu o recorde ao completar seu aniversário de 122 anos. Quer saber qual o segredo de tanta longevidade? Um especialista em demografia que estuda as relações entre saúde e longevidade, Jean-Marie Robine, teve o prazer de conversar com Calment antes de sua morte e pode conhecer um pouco mais sobre a sua vida.

O especialista analisou muitos fatores, e pode observar fatores que levaram à sua longevidade. Como um aviso, Robine diz: “Temos que ter em mente que grande parte da longevidade de Jeanne Calment se deve apenas ao acaso, porque é tão excepcional.” No entanto, existem alguns aspectos de sua vida que provavelmente contribuíram para que ela vivesse tanto e chegasse aos 122 anos, comenta Robine.

Prováveis segredos da longevidade

1. Jeanne Calment era rica – Nem todas as pessoas que vivem muito são ricas. Mas, no caso da francesa, esse fator parece ter colaborado. Calment se beneficiou de crescer em uma família burguesa no sul da França, então ela morava em um bairro agradável e isso permitiu que ela frequentasse a escola por mais tempo do que o habitual para a época.

Além disso, ela também teve uma boa qualidade de vida e passou a receber aulas particulares de culinária, arte e dança até se casar aos 20 anos. Segundo Robine, a francesa também nunca precisou trabalhar, e isso provavelmente a ajudou a viver com menos estresse. E para completar, “ela sempre tinha alguém em casa para ajudá-la”, e não precisava cozinhar nem fazer compras para suas necessidades.

2. Socialmente ativa – Embora não tivesse obrigações, exceto cuidar de si mesma, a francesa, ocupava seu tempo com viagens e atividades sociais. Com o marido, ela pode viajar com frequência para Paris para ver a a Torre Eiffel, que estava em construção na época. “Ela estava descobrindo esse mundo fascinante na virada dos séculos XIX e XX”, destacou Robine.

3. Demorou para começar a fumar cigarros – Calment não tinha permissão para fumar até o seu casamento, afinal, era uma mulher que vivia em uma pequena cidade do sul da França no final do século XIX. Mesmo após ter a autorização, depois do casamento, ela não gostou do sabor do cigarro. A francesa só veio a adquirir o hábito bem mais tarde, aos 112 anos, quando já morava em uma casa de repouso.