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Economia

Flexibilização de BCs em mercados emergentes perde força após 20 meses de cortes de juros

Foram realizados quatro cortes líquidos no mês passado, sendo este o menor número de reduções desde junho de 2019.

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Os bancos centrais de países em desenvolvimento reduziram os juros durante 20 meses consecutivos, excedendo os ciclos de flexibilização desencadeados pela crise financeira de 2008 e na esteira da crise do euro de 2010, embora o ritmo desses cortes tenha continuado a desacelerar em setembro.

As alterações nas taxas de juros de bancos centrais de 37 economias emergentes mostraram quatro cortes líquidos no mês passado, sendo este o menor número de reduções desde junho de 2019, segundo cálculos da Reuters. Em agosto, os bancos centrais deste grupo realizaram sete cortes líquidos.

Desta forma, há indícios de que o ciclo de afrouxamento possa estar perdendo força.

Na semana passada, a Turquia anunciou um aumento surpreendente nos juros. Foi a primeira vez que um banco central do grupo elevou a taxa de referência desde que as autoridades tchecas entraram em ação em fevereiro. O banco central da Hungria também aumentou inesperadamente a taxa de juros de sua ferramenta de depósito de uma semana.

“Uma série de recentes decisões de política monetária — em países como Brasil, África do Sul, Indonésia, Rússia — sugere que os bancos centrais de mercados emergentes não estão de forma alguma tão interessados em cortar as taxas de juros”, disse David Lubin, diretor de economia para mercados emergentes no Citi. “Isso levanta a dúvida sobre se chegamos ao fim do ciclo de corte de juros”, acrescentou.

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