Conecte-se conosco

Tecnologia

Esta enzima poderá garantir bateria infinita para o seu celular

Enzima chamada Huc produz energia a partir do hidrogênio presente no ar, o que pode solucionar o problema de baterias que vivem acabando.

Publicado

em

Uma das principais reclamações de usuários de smartphones pode estar perto do fim. Sabe aquela bateria de celular que sempre te deixa na mão quando você mais precisa? Pois é, pode ser que a solução esteja mais próxima do que se imagina.

Pesquisas recentes já haviam indicado que baterias de sódio seriam capazes de oferecer até quatro vezes mais autonomia para os aparelhos. Agora, outra novidade promete agitar ainda mais o setor.

Cientistas descobriram uma enzima capaz de garantir energia infinita para as baterias utilizando apenas o ar. Estamos falando da enzima chamada Huc, que pertence a bactéria Mycobacterium smegmatis.

Onde encontrar? Como funciona?

Essa enzima, segundo os cientistas, é similar à causadora da tuberculose, mas com a diferença de que ela não provoca nenhuma doença e é encontrada no solo, inclusive em regiões inóspitas do planeta, como na Antártida, em áreas vulcânicas e até no fundo dos oceanos.

Para gerar eletricidade, a Huc utiliza o hidrogênio presente no ar, o que já garantiria o funcionamento de dispositivos como calculadoras, relógios digitais e sensores biométricos.

Os resultados do estudo foram publicados no início deste mês na revista Nature. Os cientistas descobriram a enzima, depois de isolar e mapear a estrutura atômica dela com microscopia avançada.

Composição

A enzima possui uma estrutura composta por íons de níquel de ferro, que prendem o hidrogênio molecular e removem seus elétrons, transportando-os, em seguida, em um fluxo que gera energia.

Em entrevista ao portal Livescience, o autor principal da pesquisa, Rhys Ginter, explicou que a quantidade de energia gerada pode ser ampliada, dependendo do volume de hidrogênio fornecido à enzima.

Esse aspecto é o que faz os cientistas acreditarem que ela poderia ser utilizada como fonte de energia para dispositivos mais exigentes, como smartphones, computadores e até um carro, segundo Ginter.

Baterias orgânicas

Com a descoberta, os cientistas pretendem extrair a enzima para criar baterias orgânicas, o que permitiria a aplicação dela em várias áreas, não só na tecnologia, mas também na biomedicina, monitoramento de locais e outras.

Outra questão relevante é que a Huc não se deteriora em temperaturas de até 80ºC, tampouco congelantes. Isso a torna ideal, na visão dos cientistas, para dispositivos eletrônicos que geram calor, como computadores e celulares.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

Publicidade
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

MAIS ACESSADAS