Commodities
Commodities devem ter recuperação ‘mais rápida’ da crise bancária global
Para a maioria dos traders, o abalo de mercado está longe de repetir a crise financeira do biênio 2007-2008
Abalados pelo ‘terremoto bancário’ que varreu o planeta nas últimas duas semanas, o mercado de commodities tende a retomar a normalidade, uma vez que os efeitos da crise no setor deverão ser limitados. A avaliação é de alguns traders de renome internacional, de acordo com informações divulgadas pelo portal internacional do jornal britânico Financial Times.
Chefe de commodities do Citadei – fundo de hedge de relevância mundial, que atua diretamente nos mercados de energia e agricultura – Sebastian Barrack avalia que o impacto da crise ‘será contido’, mediante a “reafirmação dos fundamentos do mercado (da área de commodities), tão logo o pânico imediato se dissipar”.
“Há emoção e medo, que podem conduzir os mercados no curto prazo. Mas isso não é uma repetição da grande crise financeira de 2007-2008. Não acreditamos que isso terá um impacto material na demanda de commodities como vimos naqueles anos”, comenta Barrack.
No momento, porém, ainda predomina a incerteza e apreensão quanto ao desempenho da área de commodities, a exemplo do petróleo bruto Brent (referência internacional do insumo energético), que despencou 10% na semana passada, ao bater a mínima de US$ 70,12 o barril na manhã da última segunda-feira (20) – como reflexo da compra do Credit Suisse pelo UBS, com o apoio do governo helvético – o que representa o patamar mais baixo, desde a invasão da Rússia pela Ucrânia. Esse tombo também foi verificado nos preços do gás, que recuou a € 40 (euros) o megawatt/hora, o mais baixo desde 2021.
Ironicamente, para o chefe de metais de transição energética da Mercuria – trading de commodities com sede na Suíça – Guilhaume de Dardel, o ambiente financeiro e as altas taxas de juros podem favorecer, indiretamente, projetos de transição energética. “O ambiente em que estamos está se voltando para um tipo de ambiente mais isento de riscos. Certamente do lado do financiamento dos projetos isso vai dificultar, quando é muito necessário se queremos que a transição funcione”, analisa.
Sinal de tal tendência favorável foi dado pela Bolsa de Nova Iorque, em que a maior parte das chamadas ‘soft commodities’ apresentou valorização no último pregão, caso do açúcar, cacau, suco de laranja e algodão. A única exceção do dia foi para o café, cuja cotação declinou. A reação positiva ocorreu após o anúncio do Federal Reserve (Fed) – banco central ianque – que elevou em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros dos EUA, que teria sido interpretado pelo mercado como prenúncio de que o ciclo de altas sucessivas estaria perto do fim.

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