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Agronegócio

Maria-sem-vergonha: a incrível planta africana que conquistou e desafia jardins brasileiros

Maria-sem-vergonha: planta audaciosa, de crescimento rápido e reprodução fácil, é invasora e se adapta bem ao Brasil.

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A audácia da Maria é inegável. Seu rápido crescimento lhe garantiu a denominação científica Impatiens, indicando impaciência e inabilidade para esperar. As cápsulas dessa planta estouram com o mínimo toque, lançando suas sementes à distância, o que lhe atribuiu o apelido de “beijo”.

Sua reprodução é facilitada pela simples presença de um pequeno ramo e umidade, possibilitando o desenvolvimento de raízes. Além disso, possui a habilidade de ultrapassar limites de jardins e se alojar sob árvores nativas em florestas densas, disseminando-se rapidamente, o que lhe atribuiu o rótulo infame de invasora.

Originária da África, a Maria-sem-vergonha se adapta bem ao território brasileiro

O que começa como uma planta inofensiva em um vaso doméstico, rapidamente se torna invasiva, tomando áreas de preservação florestal e mananciais, fazendo sombra para mudas nativas que não conseguem crescer em seu entorno. Por essa razão, seu cultivo é regulado ou até mesmo proibido em diversas cidades brasileiras.

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Sua fama é justificada pela facilidade de cultivo em qualquer tipo de solo, mesmo aqueles menos férteis. Apresenta uma ampla gama de cores, como branco, rosa, roxo, laranja, vermelho e bicolores, com pétalas simples ou dobradas, florescendo durante todo o ano.

É acessível, fácil de encontrar e prospera até em áreas sombreadas, trazendo cor a espaços internos de residências e escritórios. Seus caules e folhas suculentos retêm água, permitindo que a planta sobreviva por alguns dias sem irrigação, embora o ideal seja manter o solo sempre úmido.

Foto/ Reprodução: shutterstock

A Maria-sem-vergonha, também conhecida como beijo, possui cápsulas explosivas de sementes

Essa planta é uma ótima escolha para canteiros sob árvores onde a grama não cresce adequadamente. Deve ser cultivada em duas partes de solo e uma de matéria orgânica (utilize composto ou húmus de minhoca).

Evite molhar as flores, pois isso pode manchar ou reduzir sua longevidade. Introduzida no Brasil em 2012, a variedade com folhas bicolores pode tolerar mais sol do que aquelas com folhas verde escuras, no entanto, em geral, essa espécie prefere sombra parcial e muita luz natural, sem exposição direta aos raios solares.

Onde plantar e como podar, regar e fertilizar a Maria-sem-vergonha

Ao longo do tempo, a Maria-sem-vergonha pode apresentar flores e galhos enfraquecidos. Quando perceber essa característica, pode as pontas dos ramos e, se desejar, propague a planta mergulhando a parte cortada em um copo com água até que enraíze.

Essa espécie não é indicada para cidades do sul do Brasil, pois não tolera frio e geadas. Mesmo nas áreas mais quentes do país, mudanças bruscas de temperatura podem resultar na queda de folhas e botões. Se os caules se tornarem pretos e macios, reduza a frequência das regas.

Verifique regularmente as folhas, pois o ar seco pode favorecer a proliferação de pragas, como ácaros e mosca-branca. Adube a cada duas semanas durante a primavera e o verão, usando um fertilizante líquido misturado à água de irrigação (como um NPK 10-10-10 ou Bokashi, por exemplo). Fique atento para garantir que a planta permaneça comportada em seu vaso ou canteiro, evitando que se espalhe por jardins vizinhos.

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