Serasa e SPC são a mesma coisa? Confira quais são as diferenças entre os dois órgãos

O Brasil possui muitos cidadãos com inadimplências, isso devido à crise econômica e também, ao desemprego. Dessa maneira, não são todos os brasileiros que conseguem se manter em dia para com suas obrigações. No momento atual, segundo dados da Serasa Experian, existem 70,09 milhões de brasileiros com seus nomes negativados.

E é aí que entram duas instituições muito importantes, o SPC e a Serasa. Ambos são responsáveis por contabilizar o número de inadimplentes e suas dívidas. Muitas vezes, antes de conceder crédito a alguém, as instituições bancárias consultam as informações no SPC e na Serasa.

No entanto, muitos brasileiros acreditam que essas duas instituições distintas, na verdade, são a mesma coisa. Mas, na realidade, há diferença entre elas. Esses dois órgãos, de fato, atuam na mesma área, a proteção de crédito, no entanto, acabam por se diferenciar em alguns aspectos.

Serasa

A Serasa, por exemplo, é uma empresa privada que trabalha com as informações de consumo dos brasileiros, mas também oferta possibilidades para uma melhora no setor financeiro para os consumidores.

Ela foi criada por meio de uma parceria entre a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e a Assobesp (Associação dos Bancos do Estado de São Paulo).

A Serasa funciona como um banco de dados, mas se difere do SPC devido aos meios que utiliza para o recolhimento de dados. As fontes utilizadas são bancos e instituições financeiras.

Dessa forma, a Serasa traz informações como dívidas, cheques sem fundo, títulos protestados, entre outros. Além disso, permite que pessoas físicas consultem seu CPF (Cadastro de Pessoa Física) sem cobranças.

Serviço de Proteção ao Crédito (SPC)

Já o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) é um banco de dados que é parte da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL). Seu sistema de dados armazena dados relacionados ao comércio de diversas partes do território brasileiro.

O SPC foi criado ainda em 1955 e até hoje é utilizado. Nele, constam informações de cerca de 180 milhões de pessoas. Ele é o responsável por recolher informações referentes a pessoas em inadimplência, vendendo-as para bancos e lojistas, para que esses conheçam o perfil de seus possíveis clientes.