Aumento no salário mínimo: muito se fala nele, mas será que irá de fato acontecer?

Um aumento real e significativo no salário mínimo foi uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no ano passado. No entanto, quando o reajuste de fato veio, ficou abaixo do esperado.

O atual salário mínimo é de R$ 1.302. Durante as eleições, o petista se comprometeu com um valor maior, por isso, os trabalhadores esperavam que ele chegasse a R$ 1.320.

No entanto, após um acordo entre os ministros do Trabalho e da Fazenda, o piso nacional irá de fato alcançar os R$ 1.320. A nova correção está marcada para o dia 1º de maio, Dia do Trabalhador.

Com a mudança, o mínimo terá um aumento significativo em relação à inflação, o que será muito bem recebido pelos trabalhadores brasileiros. Para os cofres públicos, o novo reajuste custará cerca de R$ 4,3 bilhões.

É importante comentar que o patamar passa por reajuste todos os anos, segundo previsto na Constituição Federal. O valor é considerado o mínimo para se sobreviver no Brasil, dessa forma, precisa ser reajustado para cobrir a inflação e evitar que os cidadãos percam poder de compra.

Ele também é utilizado como base para cálculo de diversos benefícios ofertados pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), como aposentadorias, pensões e o BPC (Benefício de Prestação Continuada). Além disso, é referência para pagamento do seguro-desemprego, abono salarial e outros.

Histórico

O salário mínimo no Brasil passou por uma evolução. Se olharmos para o início do Plano Real e a época de sua criação, em 1995, o piso nacional era equivalente a R$ 100. Hoje em dia, parece piada ter que sobreviver com esse valor. Por isso mesmo, conforme o passar dos anos, a quantia passou por diversos reajustes para acompanhar a realidade do país.

O valor e seu reajuste são importantes para a garantia de justiça social, assim como a qualidade de vida do cidadão brasileiro, já que serve de referência para os empregadores.