Grande nome do setor de móveis e decoração divulga fechamento de lojas e demissões

Uma das maiores lojas de móveis, decoração e acessórios para a casa e escritório, a Tok&Stok, divulgou recentemente que irá fechar algumas lojas que estejam em déficit ou com uma margem de lucro muito baixa.

O motivo para isso? Provavelmente a renegociação de uma dívida de R$ 600 milhões. Além dessa grande dívida, a loja também está passando por um declínio muito íngreme de vendas, encontrando-se em um de seus piores momentos desde a pandemia de covid-19.

Desse modo, a varejista anunciou o fechamento de duas lojas em Fortaleza, no Ceará, bem como uma unidade em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que também verá suas portas baixarem.

Ao que tudo indica, por mais que possa parecer um roteiro bastante irônico, a Tok&Stok está seguindo os passos de outro nome que já foi a principal concorrente, a Etna, que teve a operação desativada em agosto de 2021.

Qual o motivo da crise?

Para melhor entender a situação atual, é importante voltar um pouco no tempo, mais especificamente para o ano de 2012, em que o fundo norte-americano Carlyle adquiriu por volta de 60% do capital da Tok&Stok, pelo preço de R$ 700 milhões.

Depois da compra, os executivos tentaram mudar a operação, de modo que as vendas da empresa acontecessem praticamente de maneira digital, no entanto, essa jogada não demonstrou resultados muito positivos, sendo que em 2019 apenas 10% das vendas da marca eram feitas on-line.

Passado o ano de 2019, em que ficou nítido que as vendas da varejista ocorriam praticamente todas no comércio físico, a pandemia de covid-19 que atingiu todo o mundo fez com que o cenário se tornasse ainda pior para a marca.

Octávio Pereira Lopes assumiu a chefia da Tok&Stok em setembro de 2020, tendo como um de seus objetivos principais dar início à venda de ações da varejista na bolsa de valores. No entanto, esse plano não foi bem-sucedido, já que várias concorrentes melhor estruturadas também abriram capital.

Por fim, a situação ficou tão ruim para o fundo de investimentos que havia adquirido a Tok&Stock, que ela abriu mão não apenas da varejista, saindo também do Brasil como um todo ao vender suas ações para a SPX Capital.