Economia
Copom decide destino dos juros com Campos Neto ‘fortalecido’
Expectativa predominante do mercado é de que colegiado mantenha Selic nos atuais 13,75% ao ano
O realismo econômico se impôs às bravatas verbais por motivação política. É essa a sensação do mercado, a poucas horas do anúncio, pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do futuro dos juros e, por que não dizer, da economia brasileira, daqui em diante.
Por enquanto, a única sinalização mais concreta seria a de que o colegiado não pretende baixar a taxa básica (Selic) do atual patamar de 13,75% ao ano, como quer, a fórceps e por meio de ameaças, o Executivo federal. São poucas as chances, ainda, de que o Comitê estabeleça algum prazo para a baixa da Selic.
Pelo contrário, se há algum viés nesse assunto, este seria de alta, haja vista que persistem as incertezas (e a desconfiança do mercado) com relação ao tal arcabouço fiscal e sua estrutura de ‘peneira’, face a tantas exceções para renúncias fiscais e poucas explicações convincentes para o alegado aumento de arrecadação.
Fato é que a investida do mandatário do Planalto, arregimentando alianças no Senado contra o presidente do Banco Central (BC) – que ocupa o cargo de forma igualmente constitucional – acabou representando um monumental ‘tiro no pé’, uma vez que Campos Neto continua gozando de prestígio e credibilidade ali, para prosseguir em sua defesa da moeda e da racionalidade econômica.
Sinalização nessa direção foi dada, já na semana passada, pelos senadores, durante o debate a respeito dos juros. Dos 27 parlamentares que questionaram o dirigente do BC, 15 não esconderam sua posição favorável à atual política monetária da autarquia, ao passo que outros nove a confrontaram.
O tom da Casa alta foi dado pelo próprio presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), que saiu em defesa de Campos Neto, ao citar a tradicional “regra de Taylor”, cujo argumento central é que o BC deve reagir, elevando os juros, toda a vez que há desvio (leia-se, aumento) da inflação em relação à meta.
Outra adesão de peso ao ‘xerife do real’ foi dada pela senadora e ex-ministra da Agricultura do governo anterior, a agora senadora Tereza Cristina (PP-MS), segundo a qual o combate à inflação ajudaria a reduzir os índices de pobreza.
Enquanto isso, continua grande a expectativa do mercado em relação ao destino dos juros, até porque o Copom tomará a decisão sem dois de seus integrantes, pois o diretor de política monetária da autoridade monetária, Bruno Serra, encerrou o mandato, e a diretora de administração, Carolina Barros, não estará presente, por motivos particulares.

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