Educação
Para popularizar o Novo Ensino Médio, governo poderá oferecer bolsas aos estudantes
Após diversas polêmicas e consequente adiamento do Novo Ensino Médio, governo estuda maneiras de popularizar a medida.
O novo ensino médio foi previsto e aprovado em uma lei de 2017, ainda no governo de Michel Temer. As mudanças começaram a ser implementadas em 2022 ao redor de todo o Brasil, tanto em escolas públicas quanto nas instituições privadas de ensino.
As mudanças eram variadas, mas a principal é que os alunos tinham de cumprir o que ficou conhecido como itinerários formativos, conjuntos de atividades e conteúdos pré-definidos pela escola, que seriam obrigatórios a partir deste ano, 2023.
Além disso, outras mudanças foram também aplicadas, como a mudança nas disciplinas, que passariam a ser mais similares às que são encontradas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Acontece que, após muita discussão, polêmica e insatisfação de alunos e pais com as mudanças no ensino médio, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu por suspender a implementação no primeiro e segundo ano da etapa neste ano, com a assinatura do ministro da Educação, Camilo Santana.
Novo Ensino Médio terá bolsa para os alunos?
Conforme o próprio ministro disse, o governo está buscando maneiras para estimular os jovens nas escolas durante o novo ensino médio, como alguns municípios já fazem, por meio de ofertas de bolsas financeiras para os alunos.
Na última terça-feira, 02, Santana esteve em audiência no Senado Federal para tratar sobre a reforma, onde garantiu ter como prioridade as mudanças no novo modelo, que está com implementação suspensa desde o começo de abril.
“Esperamos que até junho possamos tomar uma decisão sobre o Novo Ensino Médio. Ninguém quer retrocesso. Estamos estudando estímulos para manter jovens dentro das escolas, como Alagoas, que criou uma bolsa poupança ao estudante, que recebe o valor no final do terceiro ano“, disse o ministro.
Um dos maiores motivos, que visa a suspensão das mudanças no ensino médio, foi a pressão feita por entidades de educação e especialistas, destacando que a medida apenas acentua a desigualdade já existente e a falta de estrutura das instituições da rede pública de ensino.
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