Mais uma: Light dá entrada em pedido de recuperação judicial de R$ 11 bilhões!

O Rio de Janeiro, assim como diversas regiões do Brasil e do mundo, vem sofrendo com os altos índices de criminalidade há muito tempo. No entanto, um tipo específico de furto impactou recentemente a empresa Light S.A.

Os furtos de energia forçaram a empresa, que é controladora do Grupo Light, a entrar com um pedido de recuperação judicial junto à 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, com uma dívida estimada muito grande, de R$ 11 bilhões.

Inclusive, a inicial foi feita com pedido de urgência, tendo em vista que “os desafios oriundos da atual situação econômico-financeira da Companhia e algumas de suas subsidiárias se mantêm e vêm se agravando“, como justifica a própria empresa.

Um dos advogados atuantes no caso, Rodrigo Cotta, destacou alguns pontos principais que levaram a empresa a recorrer ao poder Judiciário para sanar suas dívidas, entre eles:

• A redução do consumo de energia elétrica, a pandemia de covid-19 e as consequências da lei que determina a devolução de créditos tributários;
• Os elevados índices de furtos de energia no Rio de Janeiro;
• A recuperação judicial permite à Light continuar prestando seus serviços.

Serviços da Light não serão interrompidos

No documento em que solicita a recuperação judicial, a empresa garante que não se afastará de suas obrigações para com a população no tocante ao fornecimento dos serviços de energia dos quais é responsável.

A necessidade da medida, conforme a Light, é em virtude dos poucos credores que possui, mas são altamente combatentes, e estabeleceram que as negociações das dívidas só serão realizadas por meio da mediação.

O que é a recuperação judicial?

Atualmente, no Brasil, muitas empresas estão recorrendo ao poder judiciário para intermediar as negociações de dívidas, por vezes, em valores muito elevados, que chegam até mesmo na casa dos bilhões.

A recuperação judicial nada mais é do que um instrumento jurídico que visa preservar a empresa que está passando por dificuldades financeiras, permitindo que os serviços continuem sendo prestados enquanto acordos para quitação das dívidas são feitos.