Economia
Atenção: pare de informar seus dados pessoais e número de CPF aos atendentes de farmácia
Você costuma fornecer seus dados e CPF quando vai na farmácia? Continue a leitura para entender por que não deve fazer isso.
Você alguma vez já se perguntou por que as farmácias pedem o seu CPF na hora de comprar um remédio ou um produto de higiene? Será que é apenas para emitir a nota fiscal ou pode ter algo mais por trás dessa prática?
Continue a leitura para entender quais são os perigos de fornecer o seu CPF e os seus dados pessoais nas farmácias e como você pode se proteger de possíveis abusos.
CPF e dados pessoais na farmácia: devo ou não fornecer?
O CPF é um dado pessoal que identifica você como cidadão brasileiro. Ele é usado para diversos fins, como abrir uma conta bancária, solicitar um empréstimo, fazer uma declaração de imposto de renda, entre muitas outras coisas.
Por isso, ele deve ser tratado com cuidado e sigilo, pois pode ser usado indevidamente por terceiros para cometer fraudes, crimes ou violar a sua privacidade. Assim como a maioria dos comércios, as farmácias devem emitir a nota fiscal eletrônica para fins tributários, assim, a coleta do CPF é obrigatória.
No entanto, muitas vezes as farmácias aproveitam essa oportunidade para coletar outros dados pessoais dos clientes, como nome, telefone, endereço, gênero, e-mail, data de nascimento, histórico de compras, entre outros.
Esses dados são usados, geralmente, para preencher cadastros, perfis e programas de fidelidade que oferecem descontos ou benefícios em troca da sua informação. Mas, afinal, qual é o problema disso?
Muitas vezes, as farmácias não informam claramente aos clientes quais são os dados que estão sendo coletados, para quais finalidades eles serão usados, com quem eles serão compartilhados e por quanto tempo eles ficarão armazenados.
Além disso, esses estabelecimentos não garantem a segurança e a proteção desses dados, deixando-os vulneráveis a vazamentos, invasões ou acessos não autorizados. Isso pode trazer riscos para os clientes, como os seguintes:
- Ter a privacidade violada ao ter seus hábitos de consumo expostos ou analisados;
- Ter seus dados usados para fins ilícitos ou discriminatórios por terceiros;
- Ter seus dados vendidos ou repassados para outras empresas sem o seu consentimento;
- Receber ofertas indesejadas ou invasivas de produtos, ou serviços relacionados à saúde, ou ao seu estilo de vida;
- Ter sua identidade roubada ou clonada por criminosos que usam seus dados para abrir contas, fazer compras ou contrair dívidas em seu nome.
Informe-se sobre os seus direitos
Por isso, antes de fornecer seus dados pessoais e CPF aos estabelecimentos, informe-se corretamente sobre os seus direitos e garanta sua própria segurança.
Ao solicitarem seus dados, questione as razões e por quanto tempo eles ficarão armazenados. Você pode optar, inclusive, por não passar as informações pessoais.
Além disso, há uma lei no estado de São Paulo que proíbe as farmácias e drogarias de exigirem o CPF dos clientes como condição para a compra de produtos e serviços ou para a concessão de promoções.
A lei também obriga esses estabelecimentos a informar aos clientes sobre a abertura de cadastro ou registro com os seus dados pessoais e esclarecer que o não fornecimento do CPF não impede a concessão de promoções aos consumidores.

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