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Bolsa vai na contramão do exterior e busca os 100 mil pontos

Em Wall Street, o índice Dow Jones encerrou com queda de 0,58%, aos 28.514 pontos e o Nasdaq com declínio de 0,80%, aos 11.768 pontos.

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O Ibovespa encerrou em alta, mesmo com as bolsas nos Estados Unidos virando para o campo negativo. Parece que os investidores estão aproveitando a tranquilidade doméstica, no que se refere a questão fiscal, para buscar os 100 mil pontos.  O principal índice acionário da B3 fechou com valorização de 1,02%, aos 99.507 pontos. Ao longo do pregão, o índice oscilou entre a mínima de 98.501 pontos e a máxima de 99.570 pontos. O giro financeiro somou R$ 22,9 milhões.

Para o analista da Messem Investimentos Willian Teixeira, com a questão do risco fiscal acomodada, por enquanto, os investidores estão aproveitando para comprar papéis que estão “baratos e têm potencial de ganhos”. “O mercado está muito mais vendo o upside (potencial de alta) do que o risco. Estamos próximos de romper os 100 mil pontos, pode ser interessante entrar na bolsa agora”, avalia o profissional, ressaltando que a expectativa para o Ibovespa no final do ano é o índice entre 112 mil a 115 mil pontos. “Acho factível a bolsa atingir esse patamar se o cenário continuar tranquilo, neste ritmo”, pondera.

Além da questão, fiscal, os investidores também estão atentos ao cenário externo, como o impasse sobre o pacote de ajuda à economia dos Estados Unidos, a eleição presidencial por lá e o avanço do coronavírus no mundo. “Essas preocupações já estão no preço, não vejo um cenário catastrófico, por enquanto”, avalia Teixeira.

Do lado corporativo, após atingir valorização de cerca de 3%, os papéis da Magazine Luiza mudaram o rumo e encerraram com queda de 2,23%. Hoje foi o primeiro dia de negociação da ação após o desdobramento de 1 ação para 4.

A agência de classificação de risco Standart & Poor’s (S&P) revisou para estável a perspectiva das locadoras Movida, Unidas e Simpa, que estavam como negativa. Com isso, os papéis encerraram em direções distintas, +4,3%, +3,05% e -0,32%, respectivamente.

Vale fechou com alta de 1,79%, seguindo a queda do preço do minério no mercado internacional. Já a Petrobras fechou com recuo de 0,45%.

Teixeira também acredita que lá fora a volatilidade deve continuar, pelo menos até a eleição presidencial. No entanto, ele acredita que, independente de quem ganhar a eleição, o mercado absorverá a notícia sem grande estresse.

Com o início da safra de balanços, a expectativa é de que os resultados, em sua maioria, venham melhores que os anteriores. “Os resultados das empresas devem continuar vindo melhores que os trimestres anteriores, hoje já saíram alguns balanços mais positivos que o esperado. O que está saindo até agora está interessante, mostrando alguma melhora”, avalia.

Em Wall Street, o índice Dow Jones encerrou com queda de 0,58%, aos 28.514 pontos e o Nasdaq com declínio de 0,80%, aos 11.768 pontos.

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