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Focus reduz previsões para o IPCA e juros futuros recuam

Enquanto mercado aguarda queda da Selic, taxa do contrato DI para janeiro de 2024 cai para 13%

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A queda generalizada do IPCA projetado para este ano e os próximos (5,69% para 5,42%, em 2023; de 4,12% para 4,04%, em 2024, e de 4,00% para 3,90%, em 2025), conforme divulgado, nesta segunda-feira (12), pelo Boletim Focus do Banco Central (BC) já se reflete no recuo dos juros futuros.

No período da manhã, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 caía de 13,025%, no ajuste anterior, para 13%; o DI para janeiro de 2025, baixava de 11,07% para 11,045%; o DI para janeiro de 2026 ia de 10,46% para 10,43% e aquele para janeiro de 2027, passava de 10,495% para 10,49%.

Além de projetar um quadro de maior estabilidade inflacionária, ao menos no curto e médio prazos, os dados do Focus reforçam a expectativa dos agentes econômicos em torno de uma redução da taxa básica de juros (Selic) – hoje em 13,75% ao ano – já para a reunião de agosto próximo do Comitê de Política Monetária (Copom) de agosto.

Também concorreu para a retração das taxas futuras a desaceleração do IPC-Fipe, que caiu de 0,20% para 0,11%, da quarta e última quadrissemana de maio, para a primeira quadrissemana de junho, ‘puxado’ pela deflação nas classes de despesa de transporte e alimentação.

A partir de agora, tanto a tramitação do projeto de reforma tributária, quanto novas manifestações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto sobre a condução da política monetária pela autarquia.

No front externo, a influência mais significativa viria da retração dos rendimentos dos Treasuries (papéis do Tesouro Nacional), sem contar a tendência momentânea de desvalorização do dólar, ante à expectativa das decisões sobre as taxas de juros, a serem tomadas pelo Federal Reserve (Fed), Banco Central Europeu (BCE) e Banco do Japão.

As reduções dos juros futuros, em especial para os anos de 2025 e 2026, chamaram a atenção do economista e sócio da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto, ao observar que “para o curto prazo, a diminuição já era esperada, mas, a princípio, para as projeções mais longas, não”, o que reforçaria a ideia de que taxa Selic começará a cair em breve. “Talvez não caia em junho, mas agosto é cada vez mais certeira”, aposta, acrescentando que, “se essa tendência continuar, pode-se começar a pensar em cortes maiores da Selic”.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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