Empresas
Na selva da bolsa: Empresas que abriram capital no Brasil encaram o desafio da sobrevivência
O ano de 2020 ficou marcado pelo grande número de aberturas de capital na bolsa brasileira, impulsionadas pelos juros baixos e pela busca por alternativas de financiamento diante da crise ocasionada pela pandemia da covid-19. Em 2021, o ritmo também se manteve forte, com as ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) seguindo em alta.
No entanto, ficou bem nítido que nem todas as empresas que abriram capital conseguiram manter o desempenho esperado pelos investidores. Das 72 empresas que entraram na B3 entre 2020 e 2021, apenas 15 delas estavam com as ações valorizadas na Bolsa em maio de 2023.
Já os outros negócios, que desvalorizaram, chegaram a ter perdas impressionantes, algumas chegando a mais de 90%, como na Dotz — uma companhia de programas e pontos de fidelidade —, que foi de R$ 13 para menos de R$ 1, atualmente.
Por que as empresas estão desvalorizando?
Entre os fatores que explicam esse cenário estão a alta dos juros, que reduz o apetite por risco dos investidores e aumenta o custo de capital das empresas; a inflação elevada, que corrói o poder de compra dos consumidores e afeta os resultados das companhias; e a instabilidade política e econômica do país, que gera incertezas no mercado.
Além disso, muitas das empresas que abriram capital nos últimos dois anos têm um perfil mais voltado para tecnologia e inovação, implicando em maiores riscos e desafios para se consolidar em seus segmentos de atuação. Algumas dessas empresas que foram impactadas pela baixa no mercado de renda variável nos últimos anos são:
- Infracommerce;
- Pague Menos;
- Westwing;
- Espaçolaser;
- Petz;
- Smart Fit;
- Nubank.
Essas empresas apostaram na abertura de capital como uma forma de captar recursos para expandir seus negócios, investir em marketing, adquirir concorrentes ou reduzir suas dívidas. No entanto, elas também enfrentam uma forte competição, tanto de outras empresas do mesmo setor quanto de gigantes já bem estabelecidas no comércio.
Qual é o futuro desses negócios?
Para sobreviver na bolsa e resgatar a confiança dos investidores, essas empresas precisam demonstrar que ainda têm capacidade para gerar lucros consistentes e sustentáveis no longo prazo, além de se adaptar às mudanças do mercado e às demandas dos consumidores.
Mesmo assim, as perspectivas para o futuro ainda são incertas, mas há quem acredite que essas empresas ainda podem se beneficiar da retomada da economia e da melhora do cenário fiscal do país. Por outro lado, há quem veja poucas chances, diante dos desafios estruturais e conjunturais que alguns desses negócios enfrentam.

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