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Commodities

Pausa pelo feriado nos EUA segura o bom momento da soja e milho às vésperas de novo USDA

Commodities poderiam ir para realização de lucros, contra as altas semanais, antes do relatório americano que deve confirmar novo potencial de valorização diante das condições climáticas.

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A colheita de Soja no estado do Paraná chega a 75% (23/03)

O momento continua bom para os mercados de soja e milho. E o feriado (Juneteenth) desta segunda (19) nos Estados Unidos, pausando a movimentação dos preços futuros, veio para ajudar.

Primeiro, porque as fortes altas da semana passada perdem a tendência de realização de lucros.

Segundo, na terça sai o USDA com as condições das lavouras americanas, com potencial para confirmar perda de produtividade pela adversidade climática, portanto as cotações chegam mantendo os ganhos acumulados até sexta.

Terceiro, a melhora nos prêmios da soja no Brasil durante os cinco dias úteis anteriores – leves, mas mostraram que as quedas perderam força -, devem ser manter também, estimulados pelo aumento acumulado das cotações internacionais, como Capitalist chegou a informar.

Pode-se acrescentar uma quarta variável: sem operações do mercado financeiro dos EUA, fica-se sem o risco de fuga de recursos por qualquer má notícia econômica que pudesse influir.

Ainda que o resto do mundo trabalhe, a liquidez será baixa. Na China, por exemplo, os mercados fecharam em queda, apesar da relativa boa notícia que foi a reunião do Secretário de Estado americano, Anthony Blinken, com seus pares chineses, que ao menos serve para desanuviar o ambiente de tensão.

Os exportadores brasileiros não devem fechar posições de venda, mesmo com a pequena elevação do dólar na sexta, a R$ 4,82, que poderia fomentar algum comércio. A parada do ambiente de negócios de hoje também serve para esperar a possibilidade de que a divisa forte volte a subir um pouco mais.

Recordando:

A soja acumulou 11% de alta de 12 a 16%. Só na sexta avançou 5,77% no contrato de julho, para US$ 14,66.

Já o milho quase chegou a mais de 6% nos mesmos dias, tracionando até 17 pontos na sexta.

Para o relatório de amanhã do USDA a expectativa é de que fique confirmado que o calor e chuvas mal distribuídas tenham começado a derrubar, para valer (já que isso é visto há quase duas semanas), o potencial das lavouras dos dois grãos.

Com mais de 40 anos de jornalismo, sempre em economia e mercados, já passou pelas principais redações do País, além de colaborações para mídias internacionais. Contato por e-mail: infomercadosbr@gmail.com

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