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Os segredos da biologia marinha: por que alguns animais resistem à extrema pressão das profundezas?

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O famoso local onde descansam os destroços do Titanic, o icônico navio de cruzeiro que naufragou após colidir com um iceberg, se trata de uma região muito escura e com uma pressão 200 vezes superior a do interior de um pneu.

De acordo com fontes da Guarda Costeira norte-americana, essa foi a força que causou a explosão do veículo submersível que acabou vitimizando 5 pessoas que estavam a bordo. Sem dúvidas, tal ambiente é extremamente hostil para a vida humana, mas, há uma fauna variada de séries que se adaptaram para sobreviver a essas condições.

Por exemplo, em abril de 2023, pesquisadores da vida marinha conseguiram filmar um peixe que nadava a uma profundidade de mais de 8 mil metros, sendo o dobro de onde se encontra o Titanic atualmente, uma medida realmente inacreditável.

Uma pressão simplesmente insuportável

 os acadêmicos nomearam os locais mais profundos dos mares como “zona hadal“, em homenagem ao antigo deus grego do submundo, Hades. A área por sua vez possui de 6 a 11 km de profundidade e é completamente escura, já que a luz do sol é incapaz de chegar ali.

Porém, além da escuridão completa, os seres vivos que ali residem ainda precisam lidar com baixas temperaturas, pressão esmagadora e predadores completamente adaptados para o ambiente inóspito.

Logo, o pesquisador da University College de Londres, Abbie Chapman revela que, na “Fossa das Marianas“, uma famosa região conhecida pela profundidade de suas águas, a força da pressão é equivalente a 100 elefantes se equilibrando sobre a nossas cabeças, dá para imaginar?

E apesar dessas condições completamente desfavoráveis, ainda sim a vida persiste e desde que as pesquisas se iniciaram em 1977, os estudiosos já conseguiram catalogar cerca de 600 espécies vivendo na localidade. É claro que tal feito só é possível graças a adaptações evolutivas, as quais esses seres foram condicionados por milhares de anos de evolução.

Algumas das referidas criaturas contém uma alta concentração de “piezófilos“, moléculas especiais que não permitem que proteínas e demais membranas celulares sejam achatadas pela força exercida pelo peso dos oceanos. Pesquisas anteriores revelaram que, quanto maior é a profundidade, também aumenta o teor dessas moléculas no organismo do animal.

Por fim, como há menor concentração de oxigênio nessas águas, os peixes que ali habitam possuem glóbulos vermelhos maiores, produzindo muito mais hemoglobina que o normal, sendo ela a responsável por carregar esse gás tão essencial pelo corpo todo.

Amante de filmes e séries e tudo o que envolve o cinema. Uma curiosa ativa nas redes, sempre ligada nas informações acerca da web.

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