Automobilística
Por que seu carro virou uma mina de ouro nas oficinas de reparo
Os automóveis evoluíram muito nas últimas décadas, tornando-se assim mais seguros e funcionais para os motoristas. Agora, temos uma série de novas ferramentas adicionadas ao painel de controle, como sensores e computadores de bordo, que permitem uma viagem mais rápida e segura.
Entretanto, ao mesmo tempo que tais recursos ajudam a facilitar a vida do proprietário, eles também servem para encarecer os veículos, de modo que a questão tem sido motivo de debates constantes na comunidade automobilística.
Por que os reparos também estão ficando cada vez mais caros?
Além do alto custo de aquisição, também existem as manutenções que são encarecidas da mesma forma, justamente pela grande presença de acessórios e novas tecnologias com as quais os carros da nova geração são equipados.
De acordo com uma empresa fornecedora de dados e softwares para seguradoras automotivas, chamada Mitchell, o custo médio de reparos subiu 36% desde 2018, e ainda está podendo ultrapassar US$ 5.000 até o final de 2023, uma marca preocupante.
Como foi dito antes, o aumento dessa cifra se deu pela presença massiva de sistemas mais complexos e aparatos que exigem uma mão de obra especializada para realizar consertos. Antigamente, a maioria dos carros eram essencialmente básicos, então a necessidade de profissionais mais especializados era muito menor.
Por sua vez, o levantamento também está levando em conta os carros elétricos, cuja presença se popularizou muito em países europeus e também nos EUA. Mesmo nesses lugares, ainda existem muitos mecânicos que não possuem preparo para lidar com esses sistemas.
Outro fator que acaba deixando o serviço mais oneroso é o fato de algumas peças serem diferenciadas, em comparação a um modelo tradicional movido a gasolina ou etanol. Dessa forma, adquirir novos itens requer encomendas oriundas de fabricantes especializados, deixando a conta bem mais salgada ao final do serviço.
Outros especialistas do setor dizem que a bateria costuma ser a parte mais cara de um veículo elétrico, e, portanto, danos a esse componente seriam difíceis de reparar, exigindo que o proprietário desembolse valores realmente proibitivos.
Em contrapartida, a Mitchel também revela que existem dados que sugerem que, em torno de 18% dos automóveis movidos a gasolina envolvidos em acidentes acabam resultando em perdas totais. Enquanto isso, somente 6% das versões elétricas são tidas como irrecuperáveis em uma mesma situação.
Por fim, as fabricantes dizem estar cientes dessa inflação nos preços de reparo, e salientam que trabalham diariamente para criar itens de fácil conserto e reposição de peças, visando criar produtos bem mais duráveis e econômicos para seus clientes.
Entretanto, tal declaração pode ser bastante questionável, uma vez que o mercado de reposições movimenta milhares de dólares todos os anos, preenchendo os cofres dessas empresas e garantindo muitos lucros aos acionistas.
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