Azul embolsa R$ 3,2 bi com bonds no exterior e quer equalizar dívidas

A Azul (AZUL4) embolsou R$ 3,2 bilhões com bonds no exterior e quer equalizar dívidas com esse dinheiro.

De acordo com a companhia aérea, a operação se deu por meio de emissão de títulos de dívida externa no mercado internacional.

Também disse que foi a maior captação da companhia, com aportes de 110 diferentes fundos de investimento.

E acrescentou que, em princípio, esperava captar US$ 700 milhões, mas elevou o valor ao perceber que havia interesse de investidores.

Azul (AZUL4): oferta de voos

A aérea também pretende utilizar os recursos para aumentar a oferta de voos, impactada pela pandemia.

Para os executivos da companhia, a operação vai fortalecer o caixa da Azul, impactado pela crise financeira vivida pelo setor aéreo nos últimos anos.

Citi

Em relatório encaminhado ao mercado, o Citi reiterou sua recomendação de compra para os ADRs de Azul, negociadas pelo código NYSE:AZUL na Bolsa de Nova York, com preço-alvo de US$ 20,50.

Para o banco de investimentos, a aérea apresentou dados de tráfego positivos em junho, uma vez que a demanda cresceu acima da capacidade de voos, o que revelou a possibilidade de maior receita por assento com melhores tarifas.

O tráfego de passageiros consolidado (RPKs) da Azul (AZUL4) aumentou 15,0% em relação a junho de 2022, frente a um aumento de 12,6% da capacidade (ASKs), e foi resultada uma taxa de ocupação de 80,9%.

1T23

Vale lembrar que no primeiro trimestre de 2023 a Azul registrou baixa de 10% no prejuízo líquido ajustado em relação a igual período do ano passado, saindo de R$ 808,4 milhões para R$ 727,6 milhões.

Sem ajustes, o prejuízo líquido foi de R$ 322,2 milhões no 1T23, revertendo lucro líquido de R$ 2,658 bilhões de um ano antes.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 1,030 bilhão, alta anual de 73,8%. Isso levou a uma alta da margem Ebitda de 4,4 p.p. (pontos percentuais), para 23%.