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Petrobras reduz em 7,1% o preço do gás natural vendido às distribuidoras
Presidente da estatal, Jean Paul Prates, evitou estimar ganho de medida ao consumidor final
A partir de 1º de agosto próximo, com base em contratos firmados anteriormente, a Petrobras aplicará uma redução média de 7,1% (em reais) por metro cúbico (m³) sobre os preços atuais de venda de gás natural às distribuidoras. Para esse cálculo, referente ao trimestre de maio a julho deste ano, foram consideradas as variações do preço da molécula e dos transportes por dutos. O dirigente da estatal, Jean Paul Prates, porém, evitou estimar o impacto, para o consumidor final, da redução do preço da commodity.
Em comunicado ao mercado, a petroleira esclareceu que “os contratos com as distribuidoras possuem previsão para atualizações trimestrais da parcela do preço vinculada à molécula do gás, como também às variações do petróleo tipo Brent (referência global) e do câmbio, este hoje apreciado em 4,8%”.
Mediante à essa última atualização, o preço do gás natural vendido pela estatal às distribuidoras apresenta redução acumulada no ano de 25%. A respeito dessa nova baixa do derivado, “a Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens [e, no caso do GNV – Gás Natural Veicular, dos postos de revenda] e pelos tributos federais e estaduais”.
Ao lembrar que as tarifas aos consumidores são aprovadas por agências reguladoras estaduais, seguindo legislação e regulação específicas, a petroleira também esclareceu que “a atualização anunciada para 1 de agosto não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel”.
Após o encontro com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira – que vem pressionando a estatal a ampliar a oferta da commodity no mercado, o que induziria à uma queda mais rápida de seu preço final – o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em entrevista coletiva, reagiu, afirmando que Silveira ‘tem direito de fazer cobranças”, mas justificou que “a companhia está fazendo seu trabalho corretamente”
Mais adiante na coletiva, Prates comentou que “é claro que o Brasil tem gás, mas o Brasil tem mais petróleo e nós corremos sempre atrás do petróleo. O gás, de fato, e não tem nada de feio em dizer isso, sempre foi considerado um produto colateral para nós, porque ele vem geologicamente no Brasil associado ao petróleo”, arremaando que “não é por isso que a empresa e outros produtores deixam de buscar monetizar o insumo “tanto quanto possível”.
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