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Tecnologia

Adeus, Tinder! Paquerar agora é no Google Docs.

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O flerte e a paquera passaram por grande transformação nas últimas décadas, desde o surgimento de aplicativos e plataformas voltadas para essa finalidade. O exemplo clássico é o Tinder, utilizado no mundo todo.

A novidade mais recente, no entanto, revela uma nova mudança de comportamento nesse setor. De acordo com um relatório divulgado pelo jornal The New York Times, os solteirões estariam abandonando o Tinder e optando pela paquera em aplicativos de anotações, como o Google Docs e o Notion.

Isso mesmo, o flerte, talvez, tenha chegado à sua versão mais inusitada, até então. O número de adeptos dessa modalidade, segundo o jornal, é pequeno, mas vem aumentando em grandes centros, como Londres, Toronto, Chicago, Los Angeles e, até mesmo, São Paulo.

“Date-me-doc”

O que se sabe, também, é que esse novo jeito de paquerar já tem até um nome adotado pelos criadores. Ele se chama “Date-me-doc”, e funciona como se fosse um currículo de namoro.

Por meio da troca de arquivos, os usuários colocam fotos, informações pessoais, como idade, gênero, orientação sexual, local onde mora e, ainda, dá detalhes sobre atividades de lazer, interesses e gostos em geral.

Mas será que funciona?

A nova modalidade mal surgiu e parece ser bem promissora. Os tais “currículos” de namoro já começaram a surtir efeito.

Esse o caso, por exemplo, da engenheira de software Connie Li. Em entrevista ao New York Times, ela revelou que já teve 15 encontros, desde que fez o próprio perfil no Docs, há quase um ano.

“Existe algo meio idiota sobre ‘documentos para encontros’ que me lembram os primeiros dias da internet. Ainda estou nos aplicativos, embora tenha recuado fortemente nos últimos meses, pois eles simplesmente não parecem estar funcionando para mim em termos de conseguir matches sérios”, disse ela.

Insatisfação com o Tinder

Essa sensação da engenheira é a mesma de milhares de pessoas. A insatisfação com os resultados dos aplicativos de namoro cresce a cada dia.

Em 2022, 46% dos usuários dessas plataformas responderam que tiveram uma experiência geral negativa, conforme pesquisa do Pew Research Center. Ou seja: o caminho está aberto para o “Date-me-doc”.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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