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Moedas

Drex: a nova rival do Pix?

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O processo de digitalização dos procedimentos bancários, iniciado pelo Banco Central nos últimos anos, atingiu um novo patamar. Além da revolução gerada pelo Pix, a vez agora é da moeda digital que será lançada pela instituição, chamada Drex.

O tal Real Digital teve o nome divulgado, nos últimos dias, e já surgiu com uma série de dúvidas, inclusive sobre uma possível semelhança e ameaça ao futuro do Pix. Desde já, adiantamos: eles não são iguais e foram feitos para situações diferentes.

O Pix foi lançado em outubro de 2020 e virou um verdadeiro fenômeno, com popularidade cada vez maior. Hoje, ele é o líder entre os meios de pagamento utilizados no varejo, enquanto alternativas mais antigas, como TED, DOC, cheque e outras, perderam espaço.

Já o Drex deve ser lançado oficialmente até o fim de 2024. Até então, a moeda digital está em fase de testes, mas já é possível dizer que será voltada, principalmente, para áreas do sistema financeiro que hoje não são contempladas pelo Pix.

Real Digital

A versão digitalizada do Real é gerada em uma rede blockchain, como resultado da fusão entre a economia tradicional e a economia cripto (tokenizada).

Por ser uma moeda amparada pelo Banco Central, a classificação técnica dada a ela é de CBDC, sigla em inglês para moeda digital de banco central. Hoje já existem quatro exemplos dessa categoria em funcionamento no mundo.

De certa forma, o Drex se assemelha às stablecoins, ou seja, criptomoedas que são pareadas e baseadas em outro ativo. Isso possibilita que ele seja usado como se fosse a representação virtual de uma moeda fiduciária.

Diferenças entre Pix e Drex

Se você tem dúvidas e ficou receoso pelo fim do Pix, com o anúncio da chegada do Drex, saiba que se tratam de coisas diferentes e que não ameaçam um ao outro.

A primeira questão é o fato de que o Drex usa tecnologia blockchain, e o Pix, não. Com isso, o real digital terá características específicas de tecnologia.

O Pix é focado no varejo e em transações menores, entre pessoas e empresas. Com a popularidade e funcionamento dele, o Banco Central pôde se concentrar na criação de uma solução para o atacado, ou seja, o Drex.

O foco principal da moeda digital será operações entre bancos, outras instituições financeiras e o Banco Central. Como ela é amparada pelo sistema blockchain, ela conta com a tecnologia da tokenização, que permite a realização de transferências mais robustas de forma mais rápida, ágil e barata.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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