O que suas unhas estão tentando lhe dizer sobre seu bem-estar geral

As unhas são estruturas presentes nas pontas dos nossos dedos, naturalmente endurecidas para proteger essa região. Logo, elas são compostas por três camadas de queratina, com diferentes consistências cada.

De acordo com Valéria Marcondes, dermatologista atuante em São Paulo, as unhas são responsáveis por mais de 10% das afecções de pele.

Porém, somente um médico devidamente capacitado seria capaz de identificar tais problemas adequadamente, e dessa forma, prescrever um tratamento adequado ao paciente. Portanto, em caso de algum sintoma incomum, o ideal seria que as pessoas buscassem ajuda profissional imediatamente.

“O exame das unhas e lesões pode indicar doenças e falta de vitaminas. Quando quebradiças e com manchas brancas, podem representar uma simples alergia a produtos como esmaltes, detergentes e sabonetes, como podem ser indicadores de carência de ferro, ácido fólico e vitamina B12, que pode resultar em psoríase, micose e até anemia”, alertou.

Observação das unhas pode ajudar a prevenir doenças

É claro que existem algumas patologias que atuam silenciosamente, sem dar maiores sinais de sua presença, a não ser quando já é muito tarde. Entretanto, existem outras que inevitavelmente deixam rastros, e eles podem ser visíveis justamente através das unhas.

Assim, alterações na textura e na cor são fenômenos capazes de indicar como está a saúde de um indivíduo. No entanto, como já foi citado antes, essa identificação só pode ser realizada da forma correta por um profissional especializado.

“Quando a unha tem formato de colher, por exemplo, bem arredondada, é um sinal de que a pessoa pode estar sofrendo de problemas cardiovasculares ou pulmonares, como asma e bronquite, que afetam a circulação. Doenças vasculares podem atrofiar as unhas e alguns sulcos podem aparecer após uma febre ou uma virose”, explicou Márcia Grieco, dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos.

Quando o organismo se encontra carente de alguma vitamina, como a C, isso acaba afetando a produção de alguns hormônios essenciais, a exemplo da queratina. Tal fato pode dar um aspecto quebradiço e pálido para as referidas estruturas.

“No caso da diabetes, por exemplo, as unhas crescem avermelhadas e cheias de ondulações”, lembrou ela.

Por fim, diante desses fatos, não adianta de nada ficar olhando toda hora para as mãos e se desesperar caso a mínima mudança apareça. Caso alguma alteração realmente relevante ocorra, a única saída é marcar uma consulta médica.

Afinal, como a doutora Márcia Grieco salientou antes, existem sinais que não são oriundos de doenças, mas mesmo assim podem modificar a aparência estética da unha, como a melanoníquia, que é quando pequenas estrias marrons e longitudinais surgem neste local.