Braskem poderá enfrentar CPI no Congresso

A Braskem (BRKM5), petroquímica brasileira que enfrenta processos por afundamento de solo em Maceió, onde extraía sal-gema, poderá enfrentar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso.

Isso porque o senador Renan Calheiros (MDB-AL) conseguiu obter junto a seus pares 45 assinaturas para levar adiante a intenção de instaurar a referida CPI e levar os dirigentes da Braskem à Brasília.

Desta forma, a Comissão poderá vir a investigar em um prazo de seis meses o que o senador descreve como “o maior acidente ambiental urbano já constatado no Brasil”.

Acontece que no ano de 2018 houve afundamento do solo em bairros da capital alagoana e mais de 14 mil imóveis – de sete bairros – ficaram avariados.

A ação BRKM5 encerrou o dia 14 cotada a R$ 22,62.

Braskem (BRKM5)

Também em 2018 um abalo sísmico em cinco bairros da região de Maceió deixou rachaduras em milhares de imóveis e abriu crateras em ruas, afetando mais de 200 mil pessoas.

Já em 2019 o Serviço Geológico do Brasil comprovou que os danos estavam relacionados ao processo de extração mineral do sal-gema, de responsabilidade da Braskem.

Vitol

Esta semana a Braskem assinou contrato com a Vitol para compra de matéria-prima circular produzida pela subsidiária Waste Plastic Upcycling (WPU).

A companhia é uma empresa holandesa que irá fornecer óleo de pirólise produzido por meio do processo de reciclagem química de resíduos plásticos feita pela WPU na Dinamarca.

Ao mercado, a petroquímica disse que o acordo está alinhado à sua estratégia de alcançar produção de 1 milhão de toneladas de resinas e produtos químicos com conteúdo reciclado até 2030.

A empresa

Vale lembrar que a Braskem é uma empresa petroquímica de atuação global.

A companhia tem por propósito criar soluções sustentáveis da química e do plástico e, atualmente, detém a 18ª posição entre as 50 maiores empresas químicas e a nona posição entra as maiores petroquímicas do mundo e a liderança na produção de resinas termoplásticas e a líderança nas Américas — tendo atingido a marca de 15 milhões de toneladas em 2020 —, além de ser líder de mercado e pioneira na produção de biopolímero em escala industrial.