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CPI da Americanas encerra com aprovação de relatório considerado inconclusivo

Varejista envolvida em suposta fraude contábil.

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A Americanas (AMER3) é uma varejista envolvida em suposta fraude contábil que está sendo investigada pelo Ministério Público, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e também por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Esta última encerrou ontem com a aprovação de um relatório considerado inconclusivo. O documento foi preparado pelo deputado Carlos Chiodini (MDB-SC) e obteve 18 votos a favor e 8 contrários ao texto.

Inúmeras críticas foram feitas à CPI, principalmente por conta dos deputados contrários às conclusões do relator. Assim, a votação terminou por referendar o trabalho da relatoria.

Chiodini defendeu que não poderia apontar culpados, já que as investigações conduzidas pela Comissão não indicaram a responsabilidade clara de membros do Conselho de Administração da companhia ou dos acionistas de referência da empresa, o trio Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

Os deputados do Psol Tarcísio Motta (RJ) e Fernanda Melchionna (RS) chegaram a redigir um relatório alternativo que pedia a responsabilização dos acionistas de referência, bem como de bancos e empresas de auditoria, mas não tiveram sucesso.

Na última semana, a votação do texto de Chiodini foi adiada e, segundo a ala que defendia o relatório alternativo, o adiamento teria sido decidido pois havia dúvida sobre a quantidade de votos a favor do texto do relator. Hoje, no entanto, a conta foi favorável para a aprovação.

A ação AMER3 encerrou o dia 26 cotada a R$ 0,72.

O caso Americanas (AMER3)

Na segunda semana de janeiro o ex-CEO Sergio Rial trouxe a público informações acerca de inconsistências contábeis da ordem de R$ 20 bilhões.

Na sequência, ele deixou a companhia menos de dez dias após ter assumido o posto e a empresa protocolou pedidos de recuperação judicial tanto nos EUA quanto no Brasil.

Os pedidos de RJ foram aceitos e os administradores judiciais levantaram dívidas que alcançam os R$ 40 bilhões, principalmente com bancos de investimentos e outras instituições financeiras.

Esse volume endureceu ainda mais a situação da varejista que fechou lojas, demitiu pessoas e tentou chegar a algum acerto com os principais credores, mas sem sucesso até este momento.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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