Em busca do melhor ganho? Descubra se é mais vantajoso ser motorista Uber ou entregador iFood

O surgimento das plataformas de serviços, como transporte de passageiros e delivery, revolucionou o mercado de trabalho, nos últimos anos. Hoje, milhões de pessoas trabalham para elas, dirigindo pelas ruas das cidades, e conseguem se sustentar a partir disso.

É inevitável não pensar, porém, qual seria a melhor opção financeira: ser motorista de Uber ou entregador do iFood? Ao analisar os ganhos e custos envolvidos em uma diária de 8h, nas duas categorias, é possível ter uma ideia de qual ganha mais.

Quem ganha mais?

Vamos fazer uma comparação nas linhas abaixo. Se você sempre teve essa curiosidade ou quis saber quanto ganha cada uma dessas atividades, a hora é agora. Acompanhe!

iFood

Primeiro, vamos falar sobre o entregador do iFood. Segundo a plataforma, uma pessoa que trabalha fazendo entregas durante 8h por dia, geralmente, recebe R$ 23 por hora, sem contar os custos com gasolina, alimentação e manutenção do veículo que ela utiliza.

A maioria dos entregadores, de acordo com o iFood, em torno de 73%, recebe mais de R$ 20 por hora (líquido). Ou seja: uma pessoa que trabalha 40 horas por semana ganha, em média, R$ 1.980 (com período de 30% de ociosidade) e R$ 3.039 sem ociosidade.

Os valores finais, segundo a plataforma, variam conforme o tempo de atividade e o período em que os entregadores ficam ociosos (à espera por novas entregas e com o app ligado).

Uber

Em relação aos motoristas de Uber, existe uma média de ganho que é um pouco maior que a do iFood. Ela oscila em torno de R$ 1.055 por semana, sem contar os custos, ou seja, é um valor bruto.

Essa média foi calculada conforme a realidade de Brasília (DF). A plataforma analisou os ganhos dos motoristas parceiros que atuam na capital federal por um período de quatro semanas. Ela destaca, no entanto, que o valor final depende da quantidade de viagens, do horário e da participação do motorista em promoções semanais.

Custos relacionados a cada função

Para ter uma noção clara do que compensa mais, é preciso pensar também nos custos envolvidos em cada atividade, já que as plataformas não arcam com nada. Tudo fica a cargo do motorista ou do entregador. Veja como fica em cada um dos casos.

iFood

O gasto com combustível de um entregador do iFood, por exemplo, tende a ser menor que o de um motorista da Uber, em razão do tipo de veículo. Os entregadores costumam usar motos, e alguns modelos superam os 30 km/L. A média de gasto, nesse caso, é de R$ 50 por dia, considerando 8 horas de trabalho.

Vale considerar, ainda, os custos de manutenção e impostos relacionados à moto. Consertos e reparos, como troca de óleo, pneus e revisões periódicas exigem uma média de R$ 100 por mês. Já de imposto, como o IPVA, levando em conta um estado cuja alíquota é de 1,5%, a pessoa paga, em média, R$ 187,50.

Os custos não param por aí. Existe, ainda, o seguro da moto. No caso de uma Yamaha Factor 125, por exemplo, o valor gira em torno de R$ 791,44, por ano. E somado a isso, entram os gastos com equipamentos de proteção pessoal, como capacete, colete reflexivo, luvas e outros.

Uber

Já no caso do motorista da Uber, o gasto diário com gasolina chega a ser até quatro vezes maior que a média de um entregador do iFood. Aquele que possui um GM Onix 2021 e trabalha 8 horas por dia, por exemplo, deve desembolsar, em média, R$ 200 por dia com combustível.

Em relação à manutenção do veículo, o gasto mensal gira em torno de R$ 150 por mês. E o seguro do automóvel, mantendo a referência do GM Onix 2021, fica em R$ 1.889,60 por ano. Ou seja: o motorista de Uber pode até ganhar um pouco mais no valor bruto do serviço, mas os custos pesam bastante.