O Oriente Médio nos preços do mercado, mas também tem o Fed e um pós-payroll

Que há certamente um aumento da aversão ao risco, dado o avanço do conflito entre Israel e palestinos, não se tem como negar. E pode pior nos próximos dias, com avanço israelense e o risco de novos atores entrarem na guerra, mais ainda para o petróleo, que já este em quase US$ 89 nesta segunda (9) e agora vai em torno de US$ 86/87, em mais 3,60%

Mas a situação dos mercados reage também ao cenário desafiador, que vem desde a véspera dos ataques do Hamas na fronteira israelense, com o ambiente de empregos nos Estados Unidos divulgados na sexta.

Foram criadas 360 novas vagas, mas a renda dos trabalhadores não acompanhou. Acabou dividindo o mercado, que acusou a baixa num primeiro momento, em paralelo a alta do dólar, mas depois recuperar e subir quando a leitura sobre os salários passou a prevalecer.

Não está totalmente certo que o Federal Reserve (Fed) tenha gostado de ver a massa salarial anulando o forte aumento de empregos, esperados, então, para 170 mil em setembro.

No sábado, inclusive, Michelle Bowman, do Fed, não economizou em dizer que ainda será preciso mais um esforço contracionista dos juros para desmobilizar a inflação do país.

Se em 0,25 ou 0,50 ponto percentual, ainda é dúvida, tanto quanto se em 1º de novembro ou 13 de dezembro, os dois próximos encontros do Fomc, o comitê de política monetário do banco central americano.

A pressão sobre as bolsas americanas até que cedeu um pouco, nesta virada da tarde brasileira, enquanto o índice dólar reduziu os ganhos, enquanto o Brasil fica colado a esse cenário com o Ibovespa igualmente reduzindo as baixas (0,23%, 113,9 mil ponto) e o real se recuperando um pouco, em menos 0,11% (R$ 5,16).