Economia
Guerra no Oriente Médio poderá elevar inflação no Brasil
Campos Neto: alta do petróleo deve pressionar preços no país
A guerra protagonizada por Israel e o grupo terrorista palestino Hamas, no Oriente Médio, embora geograficamente distante, deve exercer impacto direto sobre a inflação brasileira, devido a pressões potencialmente crescentes nos preços de energia [leia-se, do petróleo]. A previsão é do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, para quem o conflito militar poderá afetar a atividade econômica e as condições financeiras do país.
Durante sua apresentação, nesta quarta-feira (11) na série de reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Marrakesh (Marrocos), Campos Neto chamou a atenção para o que chamou de “tensões geopolíticas renovadas com possíveis efeitos sobre a inflação [especialmente sobre a energia], a atividade econômica e o aperto das condições financeiras”. Embora tenha evitado mencionar diretamente o conflito árabe-palestino, na oportunidade, o xerife do real’ comentou que, após a invasão à Ucrânia, os preços do petróleo dispararam, juntamente com o câmbio.
Pelos cálculos do economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, a cada alta de 10% nos preços do petróleo, a inflação global subiria 0,4 ponto porcentual (p.p.) por ano, além de impor uma redução de 0,2 ponto percentual ao PIB mundial. Ante essa perspectiva, organismos multilaterais, como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e Banco Mundial, no momento, discutem os efeitos macroeconômicos dessa nova ocorrência bélica, que sucede à crise pandêmica e à invasão russa da Ucrânia.
A respeito desse novo incidente militar, que já deixa milhares de vítimas civis, o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, considerou que guerras são ‘extremamente desafiadoras’ para os bancos centrais, tendo em vista obter um ‘pouso suave’ para os juros elevados. “É uma tragédia humanitária e um choque econômico de que não precisamos”, acrescentou.
Ao destacarem a necessidade de o conflito no Oriente Médio ser ‘acompanhado de perto’, dirigentes do FMI acentuam que ‘ainda é cedo’ para fazer projeções ‘tanto sob a ótica fiscal quanto econômica’. “É prematuro. Estamos acompanhando a situação muito de perto, há várias vidas sendo perdidas. Em termos de números e projeções, não temos nada agora”, comentou o diretor do Departamento de Assuntos Fiscais do FMI, Vitor Gaspar, em coletiva de imprensa.
-
Tecnologia2 dias atrás
Já conhece o cavalo robô lançado por Elon Musk?
-
Criptomoedas2 dias atrás
24 anos de prisão: homem cai em armadilha do WhatsApp e mesmo assim é preso
-
Mundo2 dias atrás
Partiu? 5 países com o melhor equilíbrio entre vida pessoal e trabalho
-
Economia2 dias atrás
Salário mínimo pode chegar a R$ 1.524 e trazer desafios em 2025
-
Tecnologia2 dias atrás
Alerta de segurança: golpe de taxa de entrega faz novas vítimas no WhatsApp
-
Economia2 dias atrás
Alô, dona de casa! Saiba como garantir sua aposentadoria do INSS
-
Tecnologia2 dias atrás
Transforme seu celular Xiaomi com estas 6 configurações importantes
-
Economia2 dias atrás
Empreendedores que abrem CNPJ perdem o Bolsa Família? Veja regras