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Economia

Confiança do consumidor no Brasil tem primeira queda em 6 meses

Queda foi de 1,0 ponto, influenciada pelas incertezas em relação à pandemia e a aproximação do encerramento dos programas emergenciais de auxílio.

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A confiança do consumidor no Brasil recuou em outubro, sendo esta a primeira queda registrada desde abril. O resultado foi influenciado pelas incertezas em relação à pandemia e a aproximação do encerramento dos programas emergenciais de auxílio do governo afetando principalmente os consumidores de baixa renda. As informações foram divulgadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, 23.

O Índice de Confiança do Consumidor caiu 1,0 ponto em outubro, atingindo 82,4 pontos, interrompendo assim uma tendência de recuperação iniciada em maio.

De acordo com a FGV, houve ainda uma queda significativa nas perspectivas dos consumidores para os próximos meses, com o Índice de Expectativas (IE) registrando queda de 1,3 ponto, a 90,2 pontos.

O indicador que mede o otimismo em relação à situação econômica foi o que mais contribuiu para a queda do índice geral em outubro, com recuo de 2,0 pontos, a 110,6 pontos.

Já o Índice de Situação Atual (ISA) teve perda de 0,2 ponto, chegando a 72,4 pontos.

“Há ainda bastante incerteza com relação à pandemia e com o ritmo de retomada econômica, já considerando a transição para o período posterior ao de vigência dos programas de manutenção do emprego e renda”, disse Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.

“Diante deste cenário, os consumidores de menor renda, mais vulneráveis, continuam menos confiantes que os demais”, acrescentou, reforçando que houve retrocesso na confiança em todas as faixas de renda.

O programa de auxílio emergencial, com pagamentos mensais destinados a famílias de baixa renda, chega ao fim em dezembro. Até o momento, o governo do presidente Jair Bolsonaro ainda não conseguiu avançar com sua proposta de um novo programa de assistência social, batizado de Renda Cidadã, uma vez que o Orçamento apertado para 2021 dificulta o financiamento do pacote sem desrespeito ao teto de gastos.

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