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Economia

Alta inflação pode marcar a geração Z para sempre! E não é de modo positivo não…

Levantamentos revelam que os jovens são muito mais vulneráveis às oscilações econômicas. Entenda os porquês.

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A geração Z foi submetida a uma série de desafios durante os seus primeiros anos de atuação no mercado de trabalho formal. A começar pela pandemia, que contribuiu para precarizar e modificar os empregos como nunca foi visto antes.

Seguidamente, temos a guerra na Europa, os constantes aumentos nos custos de vida e as atuais recessões, que contribuem para elevar o custo de vida consideravelmente.

Porém, segundo uma nova pesquisa, esse cenário econômico difícil pode impactar os jovens de uma maneira ainda mais perene do que imaginamos.

Graças a uma análise de dados oriundos do Banco da Inglaterra, pode-se concluir que a expectativa inflacionária está aumentando entre a população mais jovem do Reino Unido (UK), que por sua vez possuía percentuais mais baixos do que os cidadãos mais velhos, que vivenciaram as grandes altas e instabilidades dos anos 1970 e 1980.

Consequentemente, isso pode fazer com que o trabalho dos decisores de política monetária se complique, pois hábitos de consumo e médias salariais podem ser influenciados, causando uma elevação de preços em todo o território nacional.

Dessa forma, uma pesquisa recente realizada pela mesma instituição financeira revelou que dois terços dos britânicos estão esperando que o custo de vida suba no ano seguinte.

Mais da metade das pessoas ouvidas disseram que não confiavam numa queda da inflacionária relevante, pelo menos nos próximos 2 ou 3 anos.

Jovens podem ficar com marcas psicológicas profundas

O fundador da London’s Escola de Negócios Awae e ex-professor da Judge Business School de Cambridge, Dayo Abinusawa, falou em uma entrevista para a Fortune que essa constante luta contra a inflação poderia causar danos sérios para o psicológico dos trabalhadores da geração Z, ou seja, quem possui a idade de 26 anos ou menos.

A geração Z ficará com cicatrizes psicológicas da inflação persistente devido ao aumento da incerteza e da ansiedade”, advertiu Abinusawa.

E complementou: “Os jovens são normalmente afetados pela inflação, pois são mais propensos a trabalhar a tempo parcial ou em empregos mal remunerados”.

Seguidamente, o especialista ainda alertou que essa crise no custo de vida possui a capacidade de desencadear um sentimento de desesperança generalizado entre as pessoas com menos idade, o que poderia gerar um efeito cascata que se estenderia para muito além dessa faixa etária em questão.

Como podem os jovens construir carreiras ou riqueza se não têm empregos e os preços dos bens e serviços continuam aumentando?”, ele disse.

“Uma sociedade onde os jovens têm pouca ou nenhuma esperança para o futuro não é sustentável. Não só a geração Z ficará com cicatrizes psicológicas, mas a sociedade em geral também sentirá o impacto dessas cicatrizes.”

O analista da plataforma de investimento Finimize, Paul Allison, explicou que, caso a constante busca de serviços e bens continuar sendo associada a um crescimento econômico forte e salários maiores, a ideia de que a inflação continuará, vai ficar impregnada nas mentes dos indivíduos por um longo tempo.

Por fim, a chefe de investigação econômica no St. James’s Place, Hetal Mehta, faz coro ao grupo de experts que afirmam que os mais jovens são os que mais são atingidos pelos picos inflacionários, já que são normalmente obrigados a gastar mais dos seus rendimentos em itens de caráter essencial.

Dessa forma, as expectativas persistentes e crescentes deste índice começariam a alimentar dois principais canais, conforme alerta Hetal.

Logo, entender o funcionamento desta dinâmica seria vital para tentar achar uma solução que fosse viável para a sociedade de hoje. Segundo ela,

“Um deles são as exigências salariais mais elevadas, à medida que as pessoas tentam manter o seu poder de compra. O outro potencial é que pode ajudar a antecipar os gastos.”

Pra fechar, Hetal concluiu:

“Em segundo lugar, muitas empresas tentarão repassar pelo menos parte da massa salarial mais alta aos seus clientes. Isto pode claramente levar a um círculo vicioso.”

Bruna Machado, responsável pelas publicações produzidas pela empresa Trezeme Digital. Na Trezeme Digital, entendemos a importância de uma comunicação eficaz. Sabemos que cada palavra importa e, por isso, nos esforçamos para oferecer conteúdo que seja relevante, envolvente e personalizado para atender às suas necessidades. Contato: bruna.trezeme@gmail.com

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