Brasil contratou PIB acima da média, pode surpreender (de novo) em 24 e déficit talvez não seja um problemão

Para uma imensa maioria de economistas e para a maioria da oposição que namoram o déficit fiscal do Brasil saindo dos trilhos, especialmente em 2024, o Brasil vai se consolidando economicamente.

A alta do PIB em 0,9% no segundo trimestre e as perspectivas de garantia de até pouco mais dos 3% em 2023, acalentam a possibilidade de ajudar o governo a melhorar o déficit do ano que vem via melhora da arrecadação puxada pela atividade.

David Beker, economista-chefe do Bank of America para o Brasil e estrategista para a América Latina, vê o déficit primário em 0,4% do PIB, metade do que a média das outras análises. Ficaria pouco acima do teto meta do governo, de 0,25%, como ficou expressa na Lei Orçamentária Anual.

Ele foi quem acertou o valor da soma da produção brasileira de abril a junho e, desta vez, avalia em mais 2,2% para 2024 – acima do consenso de 1,5%.

Na medida em que o quarto trimestre de 2023 vai andando, com boas expectativas sobre os resultados do PIB para o terceiro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) deu mais munição positiva à economia brasileira.

O setor de serviços resiliente, o varejo aproveitando as transferências de renda do governo e a agricultura apoiarão o PIB de 3,1% de janeiro a dezembro. Um ponto percentual na revisão sobre de julho.

Consolidado o índice, o Brasil fica à frente do mundo em 1 ponto percentual de crescimento e 8 sobre a América Latina.

O FMI concluiu seu relatório colocando o país na 9ª posição entre as 10 maiores economias mundiais, ganhando dois degraus sobre a posição do último ano de Jair Bolsonaro na presidência.